• Lawletter
  • Posts
  • 😳 adultério e dano moral, combina?

😳 adultério e dano moral, combina?

golpe low profile, já ouviu falar?

12/06/2025

quinta-feira

bom dia. uma palavra mal dita pode doer mais que um tapa na cara, ainda mais se for de uma testemunha que mais atrapalhou do que ajudou. Eu sei, você sabe, é doído.

🎧 Tem dúvida sobre concursos, advocacia ou marketing jurídico? No mais recente episódio do Manual Jurídico da Vida Real, especialistas entregam respostas diretas pra quem quer começar com segurança e estratégia. Clique e ouça agora — aprenda em poucos minutos o que pode acelerar anos da sua jornada! 🚀

👉 Dê o play e fique por dentro!

NA PAUTA DE HOJE…

  • 💔 Indenização após adultério

  • 📚 Depoimento de Mauro Cid e a teoria do golpe

  • 🎮 KaBuM! quer acesso a documentos no STJ

  • 🎬 Juíza afastada por esquema de decisões vendidas

  • 🧾 STJ condena revista por ataque a Gilmar Mendes

direito civil

Adultério não é crime, mas humilhação pública dá indenização 💔

Imagem: Freep!k

A 2ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP confirmou a condenação de um cidadão pouco discreto: ele vai ter que pagar R$ 5,5 mil à ex-companheira por dano moral, não por ter traído, mas por ter feito isso com plateia e direito a comentários infames 🎭.

O adultério em si não configura mais crime desde 2005, mas o artigo 186 do Código Civil continua firme: quem causa dano a outrem — mesmo que seja a ex — tem que indenizar.

 O contexto desta história…

O relacionamento de 20 anos naufragou quando a mulher voltou de viagem e encontrou o amado com... uma amiga do casal. Ambos estavam em situação de "vulnerabilidade têxtil" 👀.

Dias depois, ele assumiu o novo romance como se fosse novela das 9 e ainda saiu espalhando pérolas como: “Ela tá solteira, aproveita aí” — dito na frente dela e de testemunhas.

A relatora, desembargadora Ana Paula Corrêa Patiño, resumiu bem: o problema não foi o adultério, mas a intenção de humilhar e expor a vítima. Resultado? Indenização mantida, honorários majorados e lição jurídica reforçada: respeito pós-término ainda deve ser mantido ⚖️.

destaque do dia

📚 O depoimento de Mauro Cid: quando a Teoria do Golpe encontra a prática do Direito Penal

No dia 10/06 (terça), trouxemos a vocês os principais pontos do depoimento de Mauro Cid no STF. Hoje, vamos mergulhar nas profundas implicações jurídicas desse caso que desafia os limites entre política e direito 🛠️.

Aqui está o paradoxo jurídico que o caso expõe: estamos diante de um suposto crime sem vítimas diretas (afinal, o golpe não aconteceu 💥), mas com danos concretos à ordem constitucional.

O direito penal tradicional lida mal com crimes que são, em essência, uma negação do próprio sistema que os julga. A minuta do golpe, os grupos de WhatsApp e os acampamentos não são provas de um crime consumado, mas sim de um suposto processo criminoso em construção – e é exatamente isso que o art. 359-L do CP pretende tipificar.

🔍 O verdadeiro desafio para o Ministério Público e o STF será demonstrar que:

1. Havia um projeto concreto (não apenas conversas) de subversão da ordem;

2. Os atores envolvidos tinham plena consciência do caráter ilícito de suas ações;

3. As medidas tomadas representavam um risco real ao sistema democrático.

Curiosamente, o caso revela como o direito penal do século XXI precisa se adaptar às novas formas de ataque à democracia – que hoje acontecem mais em grupos de Telegram e Whatsapp do que com tanques na rua 📲.

🤔 A grande questão que fica é: vocês acreditam que nosso ordenamento jurídico está preparado para lidar com esse novo tipo de "golpe low profile"? Ou precisamos de novas tipificações penais para a era digital?

🏆 A próxima reflexão publicada pode ser a sua…

Agora, você tem a oportunidade de se tornar um advogado ou escritório apoiador da Lawletter!

Ser um apoiador significa fazer parte de um grupo especial que contribui para agregar ainda mais conteúdo de qualidade à nossa comunidade, com histórias exclusivas e impactantes.

Com mais de 4 milhões de pessoas alcançadas mensalmente nas nossas redes, sua participação pode ajudar a enriquecer ainda mais esse espaço de conhecimento e troca.

💙 Entenda mais sobre os advogados apoiadores e publique sua história com a maior newsletter jurídica do país. Clique e fale conosco agora!

direito processual civil

Game over? Irmãos da KaBuM! tentam desbloquear documentos no STJ 🎮

Imagem: InfoMoney25

O julgamento sobre o possível conflito de interesses na venda da KaBuM! ao Magazine Luiza foi pausado por um pedido de vista do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva 🧐.

No centro do “modo história” estão os irmãos Ramos, fundadores da loja gamer, que querem acesso a documentos do Itaú BBA, banco que assessoria... os próprios vendedores. A treta? O diretor do banco seria cunhado do CEO da compradora — um “bug” ético, segundo os autores.

Com base no artigo 399, III, do CPC, eles pedem e-mails, contratos e trocas de mensagens entre Itaú, Magazine Luiza e outros interessados, tudo para preparar o terreno para um possível processo de indenização. O TJ-SP achou que os documentos não eram comuns às partes e encerrou o jogo logo no menu inicial: extinção sem julgamento do mérito 🚫.

Mas no STJ, o ministro Moura Ribeiro — relator do recurso — já deixou seu save point: votou pelo acesso parcial aos documentos. Segundo ele, não basta que o documento pertença a ambas as partes; basta que haja interesse jurídico comum. Agora é esperar o julgamento continuar para ver se os irmãos conseguem desbloquear essa fase.

⚖️ Como funciona o pedido de vista?

1. Durante a sessão de julgamento, após o relator apresentar seu voto, os demais julgadores começam a votar.

2. Qualquer um dos julgadores pode pedir vista, interrompendo o julgamento.

3. O processo então fica suspenso até que o ministro ou desembargador que pediu vista devolva o caso para julgamento, apresentando seu voto.

4. Não há prazo rígido em alguns tribunais, mas o CPC (art. 940, §1º) estabelece que, em regra, o prazo é de 10 dias para devolução — embora nem sempre seja cumprido (especialmente nos tribunais superiores, onde pode demorar meses ou anos).

5. Após a devolução, o julgamento é retomado de onde parou, com os demais membros votando normalmente.

direito administrativo

Aposentadoria compulsória, parte II 🎬: juíza baiana é afastada por vendas no “balcão da Justiça”

Pela segunda vez (sim, segunda! 😬), a desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli, do TJ/BA, foi aposentada compulsoriamente pelo CNJ. O motivo? A magistrada estaria estrelando um “esquema jurídico paralelo”, com direito a gabinete alternativo, decisões sob medida e até participação especial do próprio filho — tudo fora do script da LOMAN.

Segundo o conselheiro-relator Rodrigo Badaró, ela permitiu que terceiros não ligados ao tribunal tivessem acesso aos bastidores decisórios. E mais: o filho da juíza estaria com passe livre para influenciar sentenças, o que fere frontalmente os deveres de independência, imparcialidade e decoro. ⚖️

Vale lembrar: em 2024, Sandra Inês já havia levado um cartão vermelho pelo CNJ por envolvimento em rachadinhas no gabinete. Com esse novo episódio, acumula dois afastamentos com direito a vencimentos proporcionais. A situação não está fácil…

📘 Saiba mais!

LOMAN é a sigla para Lei Orgânica da Magistratura Nacional — uma lei complementar (LC nº 35/1979) que funciona como o "manual de conduta" dos juízes e desembargadores no Brasil.

Ela estabelece: os deveres e vedações dos magistrados (como agir com independência, imparcialidade e decoro); as garantias do cargo (como vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos); as hipóteses de punição disciplinar, incluindo advertência, censura, remoção, disponibilidade e a temida aposentadoria compulsória.

climão…

Liberdade de imprensa não é cheque em branco, diz STJ em caso de Gilmar Mendes 🧾

Imagem: Ver Capas

A 3ª turma do STJ decidiu que exagero jornalístico também tem preço — e não é barato. A editora Três e dois jornalistas da revista IstoÉ foram condenados a pagar R$ 150 mil ao ministro Gilmar Mendes por danos morais, após matéria recheada de ironias e insinuações com tempero ácido 🌶️ sobre negócios que teriam ligações com o ministro.

A reportagem intitulada “Negócio Suspeito” dava a entender que Mendes teria participado de forma "fantasmagórica" 👻 na venda de uma faculdade em MT, além de questionar o relacionamento do IDP com o poder público e até citar um HC concedido a um empresário cuja filha teve o ministro como padrinho (sim, até casamento entrou no bolo 🎂). Nos dois primeiros graus, o Judiciário não viu dano — mas o STJ revirou o jogo.

Para o relator, ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, a matéria passou do ponto ao trocar o jornalismo por “pimentinha editorial” 💥. O colegiado reforçou: liberdade de imprensa é essencial, mas não pode virar salvo-conduto para ataques pessoais travestidos de notícia.

✍️ Já anota agora para estudar depois…

No Direito brasileiro, figuras públicas – como políticos, magistrados, artistas e outras personalidades conhecidas – estão sujeitas a um grau maior de exposição à opinião pública e, consequentemente, a críticas.

No entanto, essa maior exposição não implica que elas abdicarão completamente da proteção contra ofensas e ataques à sua honra. O STF e o STJ reconhecem que o direito à liberdade de expressão e à informação deve conviver em equilíbrio com o direito à dignidade, imagem e reputação.

Assim, o dano moral para figuras públicas surge quando há excesso, isto é, quando as críticas ultrapassam os limites da livre manifestação do pensamento e adentram o campo das acusações infundadas, insinuações maliciosas ou ataques pessoais.

Diferentemente de críticas legítimas e fundamentadas no interesse público, essas ofensas não apenas atingem a reputação do indivíduo, mas também podem prejudicar sua vida profissional e pessoal.

🕹️ QUIZ DA LETTER: Hora de colocar seu conhecimento à prova!

Em menos de 2 minutos, você revisa os principais temas do dia, fixa o que importa e ainda se diverte com perguntas que realmente fazem pensar. Bora testar sua memória? 🧐

Clica no link e mostra que aqui, informação vira prática! 🎓

Express da quinta

#1 📝 Musk lamenta xingamentos a Trump

Elon Musk lamentou, via X, alguns posts sobre Trump na última semana, admitindo que “foram longe demais”. Entre eles, acusações ligando Trump a escândalos de Jeffrey Epstein — mensagens que ele mesmo apagou. O gesto soa como uma retratação estratégica dentro do jogo político-empresarial.

#2 📈 LCI e LCA continuarão atraentes mesmo com novo IR de 5%

Especialistas dizem que, apesar do fim da isenção do IR, as Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCIs e LCAs) ainda valem a pena — com juros que devem subir em 2026 para compensar o imposto. A estratégia? Aproveitar o estoque atual isento e monitorar novas emissões.

#3  O networking virtual é essencial!

Trabalhar de casa não precisa significar isolamento total. Para advogados remotos, a dica é mesclar café virtual, happy hour por Zoom, grupos segmentados (LinkedIn, WhatsApp) e encontros presenciais estratégicos. Assim, você cultiva visibilidade, conexão e a tal sensação de “faz parte da equipe” — mesmo longe do escritório.

💪🐀 Código do dia: sempre juntos

Te vejo na próxima, hein?

Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta, às 6h. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico.

A verdade é que, quanto mais você abre a Lawletter, mais atualizado você fica - este, sem dúvida, é um baita diferencial!