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😬 Vaga de concurso "roubada"

Já pensou qual o ponto de vista jurídico em relação à inseminação caseira? A gente explica...

05/11/2024

terça-feira

bom dia, que a serenidade nos guie hoje para que possamos agir com sabedoria e leveza. 

Você já escutou nosso podcast com review da semana passada? Escute agora! 👀💙

direito de família

Inseminação caseira e dupla maternidade: STJ autoriza, mas CNJ segue cauteloso ⚖️

Imagem: Freep!k

O STJ recentemente deu um passo à frente e permitiu o registro de dupla maternidade para uma criança gerada por inseminação caseira. O processo foi longo e só teve sucesso em recurso especial, após negativas do cartório e tribunais inferiores. Para a advogada Ana Carolina Mendonça, a decisão reflete a realidade social e elimina obstáculos desnecessários para mães que optam pela autoinseminação. 📜

Por outro lado, o CNJ e a Associação de Direito de Família (ADFAS) se mantêm cautelosos. A presidente da ADFAS, Regina Beatriz da Silva, argumenta que a inseminação caseira, sem supervisão médica, traz riscos à saúde e pode prejudicar o melhor interesse da criança, por não garantir informações genéticas do doador 👶. Sem contar os riscos de perfurações uterinas e transmissão de doenças – realmente, uma prática de alto risco, segundo eles. ⚠️

Enquanto isso, famílias que optam por clínicas de reprodução assistida seguem tendo acesso direto ao registro de dupla maternidade. Para Ana Carolina, o ideal seria que a escolha pela inseminação caseira fosse respeitada, sem precisar de tantos obstáculos legais. Até lá, o tema permanece dividido entre o "direito vivo" e a cautela regulatória. (Leia completo!)

 😌 Fique por dentro: O conceito de “direito vivo” ou Direito Evolutivo reflete a ideia de que o Direito deve acompanhar a dinâmica social, adaptando-se às novas realidades, valores e necessidades da sociedade. No Brasil, o STJ e o CNJ têm desempenhado um papel fundamental na aplicação desse conceito, especialmente em temas ligados ao Direito de Família, onde o rápido surgimento de novas configurações familiares desafia as normas tradicionais.

direito do trabalho

Dano Moral em Ricochete: Amor, Justiça e uma Decisão do TST em Brumadinho 💼

Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Em Brumadinho, o casal Ketre e Djener planejava o casamento após 15 anos de namoro. Mas, em 2019, a tragédia do Córrego do Feijão interrompeu o sonho: Djener, operador de máquinas, estava entre as vítimas do rompimento da barragem. Ketre, então, precisou comprovar o “dano moral em ricochete” – indenização pela dor indireta – reunindo cartas, fotos e até uma declaração da igreja para provar o vínculo 📷. 

Em uma verdadeira “batalha jurídica”, ela enfrentou a resistência da empresa, que alegou risco de “banalização” do dano moral. O advogado dela, Wilson Paz, rebateu afirmando que, em tragédias assim, qualquer dúvida sobre o sofrimento dos próximos ofende a Justiça e a memória dos que se foram. Em 2022, após a análise do TST, o direito de Ketre à indenização foi reconhecido, dando-lhe não só reparação, mas um pouco de alívio em meio à saudade. 🌅

Hoje, Brumadinho ainda vive a marca da dor, mas a decisão do TST aponta para o reconhecimento dos laços de afeto, não só de sangue. Porque, quando o assunto é amor e perda, o vínculo emocional deve contar – e muito. (Leia completo!)

💭 Reflexão da letter 💭

A Justiça Restaurativa é uma abordagem que busca reparar danos de maneira ampla, envolvendo todas as partes afetadas por um conflito. Em vez de focar apenas na compensação financeira ou na punição do responsável, ela promove um espaço de diálogo entre vítimas, responsáveis e a comunidade, buscando uma reparação que restaure as relações e minimize os impactos de longo prazo.

Ao aplicar elementos da Justiça Restaurativa ao dano moral em ricochete, o Judiciário poderia ir além da indenização financeira, incluindo ações que promovam a reconstrução e a dignidade das partes envolvidas.

Por exemplo, em casos de grandes tragédias, isso poderia envolver cerimônias de memória, projetos de apoio psicológico para os familiares das vítimas, e campanhas de prevenção para evitar incidentes semelhantes.

Essa abordagem não apenas reconhece o sofrimento dos afetados, mas também transforma a dor em um processo de cura coletiva e compromisso social, oferecendo uma forma de reparação mais significativa e duradoura para toda a comunidade.

direito do trabalho

Insalubridade no home office? STJ diz que não! 🏠

Imagem: Freep!k

A 2ª turma do STJ decidiu, por unanimidade, que servidores do TJ/RO em teletrabalho não têm direito aos adicionais de insalubridade e periculosidade. Durante a pandemia, o Sindicato dos Servidores de Rondônia argumentou que esses extras deveriam continuar, citando princípios como dignidade e valor social do trabalho. No entanto, o relator, ministro Teodoro Silva Santos, foi claro: quem está em casa, sem exposição a riscos, não precisa desse adicional.

O ministro aplicou a lei dos servidores federais, lembrando que o artigo 68 da lei 8.112/90 permite a suspensão dos adicionais quando o ambiente de risco não existe mais. “Insalubridade é para quem enfrenta ambientes nocivos ou substâncias tóxicas — o sofá da sala definitivamente não se encaixa nisso,” destacou, com bom humor jurídico. ⚖️

Com a decisão, o STJ alinhou-se à jurisprudência, reforçando que adicionais como insalubridade e periculosidade são “propter laborem” e, portanto, só valem enquanto há exposição ao perigo. Fica a dica para o teletrabalho: segurança sim, adicional não! 💻 (Leia completo!)

💭 Reflexão da letter 💭

Com o avanço da tecnologia e a popularização do teletrabalho, especialmente após a pandemia, ficou evidente a necessidade de regulamentação específica para esse modelo.

A recente decisão do STJ destaca as lacunas legislativas atuais, pois, sem uma norma estadual específica, o STJ precisou aplicar a Lei 8.112/90 por analogia, evidenciando que os direitos e deveres no teletrabalho precisam de normas atualizadas.

Uma regulamentação própria para o trabalho remoto não apenas garante segurança jurídica para servidores e empregadores, mas também responde aos desafios e especificidades do novo cenário laboral, incluindo questões de saúde e ergonomia.

direito administrativo

Confusão de homônimos no TRT-2: Justiça garante vaga para o “verdadeiro” candidato 📜

Imagem: Flickr/CNJ

A 9ª Vara Federal Cível do DF determinou a reserva da vaga de Luiz Alberto Santos da Silva no concurso do TRT da 2ª Região, após descobrir que um homônimo havia assumido o cargo por engano. 

A situação curiosa começou quando Luiz, o verdadeiro aprovado, não recebeu a notificação da nomeação por e-mail (enviado para um endereço antigo) e só soube do seu “sucesso” após dar um Google em seu próprio nome! 📬

Enquanto isso, o homônimo, informado por uma amiga, atualizou seus dados e tomou posse no cargo, sem ter feito o concurso. A confusão gerou uma disputa na Justiça e, claro, a Polícia Federal entrou na história para investigar 👮🏽‍♀️. Diante do erro, a Justiça ordenou a reserva da vaga para Luiz e o TRT-2 prometeu revisar seus processos para evitar novos “enganos de identidade”. 

O Tribunal garantiu estar colaborando com as investigações e ressaltou seu compromisso com o devido processo legal ⚖️. No fim das contas, parece que o “verdadeiro Luiz” conseguiu a vaga que era, de fato, sua! (Leia completo!)

Já pensou nisso? 🤔

A praxe de nomeação nos concursos públicos, como conhecemos, está no meio de um campo fértil para inovações tecnológicas e práticas preventivas que podem melhorar radicalmente a experiência dos candidatos e a confiabilidade do processo. 

Em vez de se limitar a métodos tradicionais de comunicação, os órgãos públicos poderiam adotar um sistema de nomeação digital interativo, onde os candidatos seriam notificados em tempo real e poderiam confirmar sua nomeação diretamente por meio de um portal seguro, com o uso de autenticação multifatorial — algo semelhante ao que bancos e outras instituições financeiras já oferecem.

Isso reduziria a dependência de dados desatualizados e garantiria que as informações pessoais de cada candidato fossem sempre confirmadas antes da posse. E você, o que acharia dessa ideia?

direito processual civil

Imóvel impenhorável? Credor resiste e STJ mantém honorários de sucumbência 🏠

Imagem: Freep!k

A 4ª Turma do STJ decidiu que, se o credor insiste em penhorar um imóvel alegado como bem de família, terá que arcar com os honorários de sucumbência. No caso, o devedor invocou a impenhorabilidade só na fase de cumprimento de sentença, mas o credor se recusou a aceitar a proteção do bem de família e partiu para o embate. Resultado? Condenação ao pagamento de honorários de 10% sobre o valor da causa. 💸

A ministra Isabel Gallotti, relatora do recurso, foi direta: se o credor tivesse aceitado a impenhorabilidade do imóvel, nada de honorários. Mas, ao resistir e instaurar o contraditório, assumiu os riscos. “A resistência deu causa à demanda e, com a derrota, vieram os ônus sucumbenciais”, concluiu a ministra. ⚖️

Para quem pensa em desafiar a impenhorabilidade, fica o alerta: a teimosia pode custar caro! (Leia completo!)

😉 Conselho da letter 😉

No Direito, além do conhecimento técnico, a capacidade estratégica é essencial para o advogado. Cada decisão tomada pode desencadear uma série de consequências, e, na prática jurídica, raramente há uma "segunda chance" para corrigir uma escolha. Isso exige que o advogado avalie com precisão todos os desdobramentos possíveis antes de avançar com uma ação, recurso ou defesa. Portanto, não seja apenas um bom conhecedor do Direito, mas também um excelente estrategista.

Express da terça👇🏻

#1 📈 Recuperações Judiciais Batem Recorde

O número de recuperações judiciais no Brasil atingiu um recorde histórico, com Minas Gerais liderando o aumento. Especialistas atribuem o crescimento à desaceleração econômica e ao endividamento das empresas. O cenário reforça a necessidade de estratégias eficazes de reestruturação empresarial. ( Leia completo!)

#2 🍵 Casal Condenado por Oferecer Ayahuasca a Menor

O TJSP condenou um casal que ofereceu chá de ayahuasca a um funcionário de 16 anos. A decisão reforça a importância da proteção ao menor no ambiente de trabalho e destaca as responsabilidades dos empregadores em situações que envolvem substâncias alucinógenas. (Leia completo!)

#3 🚫 Justiça Nega Pedido de Indenização Contra Imaginarium

Um juiz negou a indenização por violação de direitos autorais solicitada por uma empresa de arquitetura contra a Imaginarium. A decisão apontou falta de comprovação na alegação de plágio, destacando que a perícia realizada não identificou semelhança suficiente entre os produtos envolvidos para justificar a indenização. (Leia completo!)

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Te vejo na próxima, hein?

Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta às 06:00. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico…

A verdade é que quanto mais você abre a lawletter, mais atualizado você fica, este sem dúvida é um baita diferencial