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🎤🤦♂️ salvo pelo microfone ruim
veja também: advogado responde a acusação de litigância predatória com classe e cafezinho
10/04/2025
quinta-feira
bom dia, lawlovers. hoje, trago aqui um conselho que queria ter recebido há mais tempo: só não erra quem não tenta - e o que deu errado faz parte do que vai dar certo. confia! 😉 vamos às notícias?

Importante! Já conferiu as notícias da semana passada? Nosso podcast facilita sua vida com um resumo do que rolou no mundo jurídico! Clique no link abaixo para ouvir 🎧💙
NA PAUTA DE HOJE…
🔔 INSS paga a conta de benefício indevido
🔫 Porte de arma para advogados
🛡️ Ataque à Justiça vira crime hediondo
☕ Advogado dá aula contra a litigância predatória
🔊 Áudio ruim livra réu
direito previdenciário
⏰ INSS e benefício indevido: dormiu no ponto e pagou a conta!
O INSS quase provocou um acidente financeiro na vida de um senhor de 71 anos ao cortar seu auxílio-acidente após 26 anos de pagamento! 💸 A autarquia não só interrompeu o benefício que o segurado recebia junto com sua aposentadoria desde 1998, como também apresentou uma "fatura surpresa" ao aposentado, no valor de R$ 97 mil. Parece que alguém na Previdência acordou de um sono muito longo e decidiu fazer faxina nos cofres públicos! 🧹
O juiz Gabriel Herrera, da 2ª Vara Federal de Santo André, não deixou barato essa epifania tardia do INSS. Aplicando o art. 103-A da Lei nº 8.213/91, o magistrado lembrou que existe um prazo decadencial de 10 anos para a Previdência rever seus atos - regra que vale para ambos os lados do balcão previdenciário! ⚠️ Sem provas de má-fé do segurado, o INSS perdeu por W.O. no quesito tempestividade.
Para completar a derrota jurídica, o juiz ainda determinou o restabelecimento do auxílio, pagamento dos atrasados e R$ 7 mil por danos morais. A lição para os operadores do direito é clara: quando o INSS tenta jogar xadrez, sempre verifique se o tabuleiro já não expirou há duas décadas. 🕰️

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📅 Prescrição e decadência no Direito Previdenciário
A prescrição e a decadência são institutos jurídicos fundamentais no Direito Previdenciário, que impactam diretamente o exercício de direitos pelos segurados e a revisão de benefícios pelo INSS. Vamos entender como funcionam:
⏳ Decadência: é a perda do direito material (o próprio direito) pelo decurso do tempo. Tem o prazo de 10 anos contados do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou do dia em que o segurado tomou conhecimento da decisão administrativa definitiva que indeferiu o benefício (art. 103 da Lei nº 8.213/91).
💰 Prescrição: atinge apenas a pretensão de cobrar (exigir) um direito, não o direito em si. Prazo: 5 anos para as parcelas vencidas (art. 103, parágrafo único, da Lei nº 8.213/91).
direito administrativo
Senado aprova porte de armas para advogados 🔫
A Comissão de Segurança Pública do Senado decidiu que advogados também merecem "argumentos mais convincentes" em caso de perigo! O PL nº 2.734/21, de autoria do senador Flávio Bolsonaro, recebeu parecer favorável do relator Alessandro Vieira e agora segue para a CCJ.
A proposta modifica tanto o Estatuto da Advocacia quanto o Estatuto do Desarmamento, garantindo aos inscritos na OAB o direito ao porte de arma de fogo para defesa pessoal - afinal, se juízes e promotores já podem andar armados, por que os advogados ficariam apenas com a "arma" da retórica? 📝
O texto aprovado não transforma automaticamente todo advogado em John Wick - será necessário comprovar capacidade técnica e aptidão psicológica, conforme emenda do senador Contarato.

eu sei, seria super descolado ser o John Wick, mas não vai rolar, querido leitor
🤭 Você quer mais detalhes? Então receba!
Sergio Moro também contribuiu com uma emenda proibindo o ingresso armado em fóruns, tribunais e presídios, evitando que audiências de conciliação se transformem em duelos ao estilo velho oeste! 🤠 A regulamentação ficará a cargo do Conselho Federal da OAB, que terá a delicada missão de decidir quem está apto a portar mais do que apenas códigos pesados.
Flávio Bolsonaro justificou a proposta citando dados alarmantes: 80 advogados foram assassinados entre 2016 e 2019. "O porte daria ao advogado uma chance de se defender", argumentou.
Para os críticos da medida, resta torcer para que os advogados tenham mais pontaria com armas do que muitos têm com prazos processuais (inclusive, já aproveita que a gente te lembrou para dar uma olhada nos seus, hein)! 📅
direito penal
🛡️ Mexeu com a Justiça? Agora é crime hediondo…
A Câmara dos Deputados decidiu que o ataque a quem trabalha de toga, crachá ou maleta não é "apenas" um crime comum! 💼 O PL nº 4.015/23, prestes a receber a caneta presidencial, qualifica os crimes de homicídio e lesão corporal dolosa contra magistrados, membros do MP, defensores, oficiais de justiça e advogados públicos.
A medida estende a proteção até para cônjuges e parentes de terceiro grau - porque, convenhamos, ninguém merece ser alvo só por ter um primo que trabalha como estagiário no fórum! 🎯
O pacote de proteção inclui blindagem de dados pessoais na LGPD (com multa dobrada para vazamentos), além de medidas dignas de filme de ação: escolta, colete à prova de balas, carro blindado e até trabalho remoto - home office nunca foi tão justificável. 🏠

será que o Coringa também se informou pela Lawletter?
O presidente da Câmara, Hugo Motta, celebrou a inclusão de todas as categorias, enquanto a deputada Jandira Feghali lembrou que "são todas atividades de risco" - embora alguns advogados argumentem que enfrentar prazos processuais já era perigoso o suficiente… (é sério, vai olhar os seus prazos, rapaz!).
A aprovação unânime mostrou que, quando se trata de proteger quem faz a Justiça funcionar, até a polarização política tira férias. 🤝 O líder do governo, José Guimarães, declarou que "quem ganha com isso é a democracia brasileira", enquanto o relator Rubens Pereira Júnior atribuiu a vitória à "luta incessante dessas categorias".
💣 Os pontos problemáticos da "blindagem jurídica" aos operadores do direito
Embora a proteção aos operadores do sistema de justiça seja um objetivo legítimo, o PL nº 4.015/23 apresenta diversos aspectos controversos que merecem reflexão crítica. Vamos analisar:
1. Criação de uma "casta jurídica" privilegiada:
A legislação estabelece uma proteção especial para determinadas categorias profissionais, criando uma distinção entre "cidadãos comuns" e "operadores do direito".
Esta diferenciação pode reforçar a percepção de que existem "cidadãos de primeira classe" no sistema jurídico brasileiro, aprofundando o sentimento de desigualdade perante a lei.
2. Desproporcionalidade penal:
Ao qualificar como hediondos crimes contra estas categorias específicas, o projeto cria uma hierarquia de vítimas no ordenamento jurídico. O homicídio de um defensor público passa a ter tratamento mais severo que o de um professor ou enfermeiro, por exemplo. Esta desproporcionalidade contraria o princípio constitucional da isonomia e pode ser questionada quanto à sua constitucionalidade.
3. Extensão excessiva da proteção:
A proteção estendida a cônjuges, companheiros e parentes até terceiro grau cria um universo extremamente amplo de pessoas "especialmente protegidas". Considerando todas as categorias contempladas, estamos falando potencialmente de centenas de milhares de pessoas com status diferenciado perante a lei penal, o que pode gerar distorções significativas na aplicação da justiça.
direito do consumidor
Advogado serve cafezinho com Justiça e dá aula sobre litigância predatória ☕
Acusado de litigância predatória por um banco, o advogado Vinicius Melo decidiu responder com estilo: participou da audiência virtual diretamente da casa de sua cliente idosa, enquanto ambos tomavam um cafezinho! 🧓
O caso viralizou nas redes sociais e mostrou como rebater, na prática, acusações infundadas. A ação questiona descontos mensais de R$ 26,69 de um empréstimo consignado que a aposentada afirma nunca ter contratado, enquanto o banco não só negou irregularidades como pediu investigação contra o advogado - talvez esperando que ele se intimidasse e desistisse do caso… 💥
"De todas as ofensas que recebi por advogar para partes hipervulneráveis, essa foi a maior", declarou Vinicius durante a audiência, enquanto saboreava tranquilamente seu café. 😎
O advogado não só rebateu as acusações como pediu a expedição de ofício ao Conselho de Ética da OAB para investigar a conduta dos colegas que defendem bancos usando "estratégias coercitivas".
Perdeu esse vídeo viral? Pois dá uma olhada 👇
👀 O cenário da litigância no Brasil em números
O Brasil enfrenta um cenário de hiperlitigiosidade que tem servido como pano de fundo para o aumento das acusações de litigância predatória:
👉 Volume total de processos: segundo dados do CNJ de 2023, o Brasil recebeu 35,3 milhões de novos casos judiciais, com um aumento de 9% nos custos do sistema judiciário, que já ultrapassam R$ 132,8 bilhões anuais.
👉 Concentração por área: 77% dos novos processos estão na Justiça Estadual, 15% na Justiça Federal, 6,4% na Justiça do Trabalho, com o restante distribuído entre outras esferas.
👉 Comparativo internacional: no setor aéreo, por exemplo, o Brasil registra 5.000 vezes mais processos judiciais que os Estados Unidos, segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR).
👉 Litigância predatória estimada: apenas em 2022, foram ajuizadas aproximadamente 2,8 milhões de ações consideradas "fabricadas" na Justiça Estadual brasileira, conforme a Nota Técnica CIJMG nº 12/2024.
👉 Impacto financeiro: somente no Tribunal de Justiça de São Paulo, a litigância predatória domina mais de 300 mil novos processos anualmente, gerando prejuízo superior a R$ 2 bilhões.
direito processual penal
Áudio ruim salva réu confesso: TJ/SP manda rebobinar a fita do júri 🔊
Quem diria que um problema técnico seria mais eficaz que argumentos jurídicos? 🤷♂️ A 8ª Câmara Criminal do TJ/SP anulou a condenação de um homem que matou uma mulher e depois "passeou" com o cadáver pela cidade, tudo porque as gravações da sessão do júri ficaram com som de submarino!
O réu, que já tinha confessado o crime e ganhado 15 anos de reclusão (14 pelo homicídio e 1 pela "mudança de endereço" do corpo), ganhou um novo julgamento graças ao microfone defeituoso. 📱

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A defesa tentou de tudo: alegou que guardas municipais não podem investigar, que o réu não foi informado do direito ao silêncio, e que os jurados ignoraram as provas. Os desembargadores não compraram esses argumentos, mas a desembargadora Maria Cecília Leone encontrou um problema maior: "as mídias da sessão plenária estão inaudíveis". 🔇 Sem poder ouvir o que aconteceu no plenário, o tribunal ficou de mãos atadas para analisar a legalidade do julgamento.
O colegiado decidiu que a ausência de registro audível constitui nulidade absoluta, de fundo constitucional, por violar o dever de publicidade e fundamentação dos atos processuais.
🎯 Como evitar que problemas técnicos anulem seu júri:
✔️ Solicite verificação prévia dos equipamentos;
✔️ Protocole petição solicitando que o cartório certifique o funcionamento dos equipamentos de gravação com antecedência mínima de 48 horas;
✔️ Peça para constar em ata que foi realizado teste prévio dos equipamentos de áudio e vídeo;
✔️ Chegue com antecedência no dia do júri;
✔️ Verifique pessoalmente os equipamentos de gravação. Teste o microfone e peça para ouvir uma amostra da gravação;
✔️ Solicite autorização formal ao juiz presidente para realizar gravação paralela como segurança.
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Express da quinta 👇🏻
#1 💰 Argentina fecha acordo com o FMI e pega empréstimo do século
Com o caixa no vermelho e a inflação dançando tango, a Argentina firmou um acordo com o FMI para um empréstimo de US$ 20 bilhões — sim, bilhões. Agora é esperar como o Judiciário local vai lidar com os contratos e condicionalidades desse "cheque especial internacional".
#2 🛡️ PEC da segurança entra na fila VIP da Câmara
O presidente da CCJ avisou que a PEC da Segurança Pública vai furar a fila nos trabalhos legislativos — prioridade máxima! Agora é ver como o texto vai equilibrar garantias constitucionais com o clamor por mais rigor penal, sem tropeçar no controle de constitucionalidade.
#3 ⚖️ Caiado respira aliviado: TRE-GO mantém elegibilidade
Virada de jogo no tapetão jurídico! O TRE de Goiás derrubou a decisão de 1ª instância e garantiu que Caiado continue elegível — e os debates sobre abuso de poder nas eleições ganham mais um capítulo nos tribunais.

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