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📱 na internet tem culpado?
Prisão preventiva declarada, alguém vai ter dor de cabeça...
06/06/2025
sexta-feira
bom dia. sexta-feira chegou para lembrar que o café tem que ser forte, mas a paciência, curta — especialmente para quem teve o dia todo e só te dá tarefa 5 minutos antes do horário de saída. Eu entendo a sua dor…

NOVO EPISÓDIO DO NOSSO PODCAST NO AR! Não teve tempo de ler todas as notícias? Sem problemas. Nosso podcast traz um resumão do que rolou na semana pra você escutar onde e quando quiser. Clique abaixo e ouça agora mesmo! 🎧💙
NA PAUTA DE HOJE…
🌳 Critérios para dano moral ambiental coletivo
📱 Quem são as culpadas da internet?
💉 Obrigação de planos em cobrir bomba de insulina
👣 Madrasta humilhada em velório recebe indenização
🛫 Zambelli tem prisão preventiva decretada
direito ambiental
🌳 STJ define check-list para dano moral coletivo ambiental

A 1ª Turma do STJ deixou claro: desmatar a Amazônia sem permissão não é só falta de educação ambiental — é também caso de dano moral coletivo! No caso julgado, a supressão de vegetação nativa sem autorização virou aula de Direito Ambiental com sete critérios para saber quando a ofensa à natureza passa do “ai, que feio!” para o “pague a indenização”. 💸
Entre os destaques: não precisa mostrar sofrimento coletivo (ninguém precisa chorar no juízo); o dano é presumido (in re ipsa, para os íntimos); e até a “área pequena” desmatada pode render dor de cabeça judicial. Além disso, o dano moral não some só porque dá pra reflorestar depois. O infrator? Só escapa se provar que não teve culpa — boa sorte com isso. 🍀
O STJ mandou restabelecer a condenação de R$ 10 mil e ainda deu uma moral extra aos biomas protegidos pelo art. 225, § 4º da CF/88: qualquer lesão à Amazônia é levada a sério. Ou seja, mexeu com a floresta, mexeu com a Constituição!
📜 O que diz o art. 225, § 4º da CF/88?
"A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais."
🌱 O que isso significa na prática?
Significa que o Estado tem o dever de proteger e fiscalizar, mas os particulares também têm obrigações. Se alguém danificar um desses biomas, a responsabilização pode ser civil, administrativa e penal.
direito digital
📱 STF e o Marco Civil: redes sociais não são as vilãs do rolê jurídico

Imagem: Freep!k
Na retomada do julgamento sobre o artigo 19 do Marco Civil da Internet, o ministro André Mendonça deu seu voto no STF. Segundo ele, as redes sociais não são as bruxas da modernidade — só amplificam os barulhos já existentes 🎤. E não, não é porque alguém posta bobagem online que a culpa é da plataforma.
Mendonça foi lá nos EUA buscar inspiração na famosa seção 230 do Communications Decency Act (versão americana do “não atire no mensageiro”), e ainda deu um rolê jurídico pela Europa 🗺️. Mas fez questão de defender que o modelo brasileiro privilegia a liberdade de expressão — a estrela do palco democrático.
Na visão dele, censura preventiva é furada: mentiras online só devem gerar responsabilização se causarem um dano real e iminente. E, claro, deixou um recadinho sobre separação dos Poderes: regular internet é papel do Congresso, não do Judiciário. Cada um no seu quadrado.
⚖️ Saiba mais!
O Communications Decency Act (CDA) é uma lei norte-americana aprovada em 1996 como parte do Telecommunications Act, com o objetivo inicial de regular conteúdo obsceno ou indecente na internet. Porém, o ponto mais famoso (e polêmico) da lei é a Seção 230, que se tornou um verdadeiro pilar da internet como conhecemos hoje.
📜 O que diz a Seção 230?
O trecho mais citado é: “Nenhum provedor ou usuário de um serviço de computador interativo deve ser tratado como o editor ou orador de qualquer informação fornecida por outro fornecedor de conteúdo.”
Essa proteção permitiu que empresas como Google, Facebook, Twitter, Reddit e tantas outras florescessem sem o risco de serem processadas por cada post ofensivo, mentiroso ou ilegal de seus usuários. Basicamente, a Seção 230 funciona como um "escudo jurídico" que incentiva a liberdade de expressão e o crescimento de plataformas interativas.
direito à saúde
STJ vai decidir se planos de saúde têm que bancar “bombinha” de insulina 💉

Imagem: Freep!k
A 2ª Seção do STJ resolveu colocar na balança (de precisão) se os planos de saúde são ou não obrigados a cobrir a famosa bomba de infusão de insulina — essencial para o controle da glicose em pacientes com diabetes tipo 1. O caso virou Tema Repetitivo 1.316, a partir de recurso da Unimed de São Carlos/SP, que alegou: "isso aí não tá no contrato, Excelência!" 📄
O relator, ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, marcou audiência pública pro dia 18 de agosto de 2025, às 14h (anotem aí, processualistas 📅), e suspendeu os processos sobre o tema.
A ideia é garantir segurança jurídica e parar a salada de decisões desencontradas. Enquanto algumas turmas do STJ estavam dizendo "sem cobertura", a 3ª turma já tava falando "bomba é produto para saúde, sim!" e mandando fornecer. 💥
Com reforço da ministra Nancy Andrighi e da lei 14.454/22, o entendimento mais recente é que, mesmo fora do rol da ANS, se houver necessidade clínica comprovada e respaldo científico, a cobertura deve ser garantida. No fim, quem pode salvar a pele dos diabéticos é o bom e velho Direito à Saúde — e, claro, o STJ. 📚
📌 Não está no rol da ANS (ainda)
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) mantém uma lista chamada Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que define o que os planos são obrigados a cobrir.
A bombinha não está lá, e muitas operadoras usam isso como argumento para negar o fornecimento. Mas desde a Lei 14.454/2022, os planos devem cobrir tratamentos fora do rol quando houver comprovação de eficácia científica e necessidade médica, o que é o caso da bomba. Ou seja, o argumento do “não tá no rol” já está meio caído.
💸 Custo elevado
A bomba de infusão de insulina e seus insumos são caros e podem impactar diretamente nos custos operacionais dos planos de saúde. Por isso, a recusa costuma vir disfarçada de cláusulas como: “exclusão de medicamentos e insumos de uso domiciliar”. Só que isso pode esbarrar no Código de Defesa do Consumidor e na jurisprudência do STJ.
direito civil
👣 Madrasta humilhada em velório será indenizada por enteada exaltada

Imagem: Freep!k
Nem o luto escapou do barraco: durante os preparativos do funeral em Paranaíba/MS, uma enteada resolveu soltar os cachorros 🐕 sobre a madrasta, com direito a palavrões, gestos obscenos e até dinheiro jogado aos pés da viúva — como se estivesse pagando pelo show. Resultado? A 4ª Câmara Cível do TJ/MS manteve a condenação por danos morais e confirmou a indenização de R$ 3 mil.
A relatora, desembargadora Elisabeth Rosa Baisch, não deixou barato: classificou as ofensas como humilhantes e preconceituosas, destacando que a vítima, com mais de 70 anos, já enfrentava o peso do luto. A tentativa da filha de justificar o destempero emocional com laudos médicos não colou no tribunal 🧠.
O colegiado lembrou que dor de perda não dá licença para perder a linha. A indenização, apesar de simbólica, foi considerada pedagógica — afinal, respeito à dignidade e honra alheia devem prevalecer ⚖️.
📚 Pedagogia judicial: um argumento que ensina (e convence)
Se tem um recurso argumentativo que nunca sai de moda nas petições é o caráter pedagógico da medida. Tanto na fixação de indenizações por danos morais quanto na aplicação de multa por descumprimento de ordem judicial, destacar a função educativa da sanção é um baita reforço no convencimento do juiz.
Afinal, não se trata só de “punir” o comportamento lesivo ou o descumpridor contumaz, mas de educar para o Direito: evitar reincidências, promover o respeito às normas e lembrar que a Justiça também ensina.
Então, da próxima vez que for fundamentar um pedido de indenização ou reforçar a necessidade de uma astreinte robusta, não esqueça: o bolso educa. E o juiz costuma ouvir melhor quando o argumento é didático e bem fundamentado 😉
🌟 destaque do dia
🛫 Fuga, likes e Interpol: Zambelli vira ré em tempo real

Imagem: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados | Gustavo Moreno/STF
A deputada Carla Zambelli decidiu trocar o plenário por um tour internacional ✈️, mas esqueceu de avisar ao STF. O ministro Alexandre de Moraes não gostou nada da “viagem de estudos” e decretou sua prisão preventiva, acatando pedido da PGR, que agora trata a parlamentar como foragida. A justificativa? Evitar repetecos delitivos e garantir a aplicação da pena imposta: 10 anos de prisão e R$ 2 milhões em danos morais coletivos.
Entre as medidas: bloqueio de bens, redes sociais e passaporte 🚫, inclusão na difusão vermelha da Interpol, além de multas por postagens — próprias ou terceirizadas. Moraes entendeu que os vídeos publicados do exterior, criticando ministros e questionando as eleições, são reincidências nas condutas já condenadas pelo STF.
Zambelli ainda enfrenta outras ações, como a do famoso episódio da arma na rua 🔫 em 2022. Agora, com a defesa entregue à Defensoria Pública, o caso caminha entre petições, extradição e... conexões Wi-Fi internacionais.
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Express da sexta ☕
#1 🕵️♂️ Ex-presidente em modo depoente
Bolsonaro depôs à PF no inquérito sobre suposto uso da máquina pública por seu filho, Eduardo. No script: nomeações e cargos sob suspeita. A defesa nega tudo. Já o enredo interessa à galera do Direito — afinal, nepotismo e improbidade sempre rendem boas peças e embargos.
#2 ⚖️ Justiça amplia definição de assédio com ajuda da OIT
O Judiciário está usando a norma da OIT para encaixar mais casos na categoria de assédio. Ou seja: a definição ficou mais ampla — uma boa notícia para advogados que querem garantir proteção contra aquelas situações nada profissionais no trabalho.
#3 💼 PGFN dá um “respiro” para MEIs e dívidas difíceis
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional lançou um programa para transformar débitos tributários dos MEIs em dívidas irrecuperáveis. Em tradução jurídica: dívidas “esquecíveis” na contabilidade, mas que seguem no radar da fiscalização.
💪🐀 Código do dia: sem desistir
Te vejo na próxima, hein?
Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta, às 6h. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico.
A verdade é que, quanto mais você abre a Lawletter, mais atualizado você fica - este, sem dúvida, é um baita diferencial!