• Lawletter
  • Posts
  • 💪 Medidas protetivas sem prazo!

💪 Medidas protetivas sem prazo!

Agravante e majorante juntas, Google pode remover conteúdo no mundo todo e favorecimento de corrupção...

14/11/2024

quinta-feira

bom dia, que hoje encontremos força para transformar cada desafio em aprendizado e cada queda em impulso para seguir em frente.

Você já escutou nosso podcast com review da semana passada? Escute agora! 👀💙

direito penal

💪 STJ Garante Medidas Protetivas Sem Prazo para Mulheres em Risco!

Imagem: Arte Migalhas

Em decisão importante, a 3ª seção do STJ cravou: medidas protetivas para mulheres vítimas de violência doméstica devem ser mantidas por tempo indeterminado, enquanto houver risco à segurança da vítima.

O ministro Rogerio Schietti defendeu que essas proteções atuam como uma “tutela inibitória” — ou seja, uma barreira contra novos atos violentos, sem depender de boletins de ocorrência ou processos penais. Para ele, “a proteção à mulher não se subordina ao desenrolar do processo; é sobre garantir a segurança dela, acima de tudo.”⚖️

A ministra Daniela Teixeira acompanhou Schietti, dizendo que a violência doméstica é “a maior epidemia do Brasil” e destacou as medidas protetivas como um salva-vidas para as mulheres. Ela foi enfática: “Se falhamos em protegê-las, o problema é nosso sistema.” Com base em dados alarmantes, Teixeira reforçou a necessidade de focar na eficácia das medidas, para que continuem salvando vidas, ao invés de debater prazos e formalidades.

Veja 👇

Para completar, o ministro Schietti apresentou as teses que solidificam a decisão: as medidas não dependem de um processo penal em andamento, permanecem enquanto houver risco e devem ser revisadas quando esse risco for concretamente esvaziado.

Veja 👇

Um verdadeiro avanço para a segurança e a proteção das mulheres no Brasil. 👩‍⚖️ (Leia completo!)

direito penal

STJ Decide: Nos Crimes Sexuais, Dá pra Aumentar a Pena com Agravante e Majorante ao Mesmo Tempo? 🔍

Imagem: Freep!k

A 3ª seção do STJ determinou que, em crimes contra a dignidade sexual, é permitido aplicar tanto a agravante genérica quanto a majorante específica do Código Penal para aumentar a pena — mas só se houver mais de uma relação de abuso. Em outras palavras: se o crime envolver autoridade e coabitação, ok. Se for só autoridade, nada de duplicidade. 👀

O relator, ministro Joel Paciornik, esclareceu a questão: a majorante do artigo 226 do Código Penal aumenta a pena se o agressor tiver autoridade sobre a vítima (tipo um professor ou cuidador). Já a agravante do artigo 61, II, f, entra em cena quando o crime ocorre em um contexto mais próximo, como relações domésticas ou coabitação, sem exigir autoridade formal. 🏠

Veja👇

Com isso, o STJ acolheu o recurso do MP e decidiu que as duas disposições podem sim andar de mãos dadas, desde que tenham fundamentos distintos. Portanto, advogados, anotem: autoridade e relação próxima nem sempre se anulam — às vezes, elas se somam. 📜 (Leia completo!)

📚 Fique atento 📚

A defesa, ao alegar bis in idemou seja, dupla penalização pelo mesmo fato — terá o desafio de demonstrar que a relação entre vítima e agressor não se caracteriza por múltiplas camadas de autoridade ou proximidade.

Isso significa que será necessário argumentar que a conexão entre as partes não justifica a aplicação simultânea da agravante genérica e da majorante específica previstas no Código Penal, ou seja, que não há sobreposição de relações de autoridade e convivência.

Esse cenário exige que a defesa apresente uma análise detalhada do vínculo entre acusado e vítima, separando, sempre que possível, as nuances de proximidade e poder que poderiam implicar na configuração dessas duas penalidades distintas.

Por exemplo, se o vínculo for meramente de coabitação ou hospitalidade, a defesa precisará evidenciar que essa relação não inclui uma autoridade real sobre a vítima, de modo que a aplicação de ambas as disposições seria redundante e penalizaria o acusado de forma desproporcional.

direito do trabalho

Doação de Imóvel a Filhos não é Considerada Fraude em Reclamação Trabalhista, Decide TST 🏠

Imagem: Freep!k

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que a doação de um imóvel feita por um sócio de uma empresa de alarmes a seus dois filhos, antes do ajuizamento de uma reclamação trabalhista contra a empresa, não configura fraude. Para o tribunal, não havia má-fé, uma vez que o imóvel não tinha registro de penhora quando a doação ocorreu.

Em 2013, o sócio transferiu a propriedade de Campos do Jordão (SP) para seus filhos, e a matrícula foi atualizada em 2015. Somente em dezembro desse ano foi ajuizada a ação trabalhista, que resultou em condenação da empresa em 2016.

A penhora sobre o imóvel aconteceu na fase de execução, já em 2019, quando a empresa passava por dissolução. Contudo, o TST entendeu que, para caracterizar fraude, deve haver penhora ou evidência clara de má-fé, o que não ficou comprovado.

A decisão do TST reforça a segurança jurídica para situações em que os bens são transferidos a familiares de forma legítima, antes de eventuais problemas financeiros ou ações judiciais contra o doador. (Leia completo!)

💭 Reflexão da letter: O julgamento destaca o papel da Súmula 375 do STJ como um instrumento protetivo em relações familiares e empresariais, permitindo que o patrimônio circule dentro da família sem que automaticamente se presuma a intenção de fraudar credores. 

Com isso, advogados podem demonstrar aos clientes que a doação antecipada de bens a herdeiros é possível, desde que realizada com transparência e planejamento jurídico adequado.

direito digital

Juiz Brasileiro Pode Obrigar Google a Apagar Conteúdo em Todo o Mundo 🌎

Imagem: Freep!k

A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que, se um serviço é global, uma ordem judicial brasileira de retirada de conteúdo pode ter alcance mundial. Em uma votação apertada (3 votos a 2), o tribunal rejeitou o recurso do Google, que defendia limites territoriais, e ordenou a remoção de um vídeo difamatório do YouTube em todos os países.

O caso envolve um vídeo falso que mostrava uma empresa de alimentos diante de uma infestação de ratos. Após a remoção do conteúdo no Brasil, ele continuou disponível fora do país, o que motivou o STJ a ampliar a ordem de derrubada internacionalmente. A ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, afirmou que, ao prestar serviços globais, o YouTube está sujeito a decisões judiciais globais.

Ponto interessante: A decisão baseia-se no Marco Civil da Internet, que permite à justiça brasileira expandir sua jurisdição para fora das fronteiras quando o conteúdo é acessível globalmente. Esse entendimento pode ser um marco na jurisdição digital e serve como referência para advogados que lidam com casos de remoção de conteúdo.

No entanto, os ministros Ricardo Villas Bôas Cueva e Marco Aurélio Bellizze discordaram, argumentando que a decisão cria instabilidade jurídica ao tentar impor a jurisdição brasileira em outros países. Eles defendem que decisões com efeitos globais devem ser coordenadas com outras nações para evitar conflitos de soberania e garantir a eficácia legal. 💻 (Leia completo!)

👀 De olho na demanda: Para advogados, essa decisão do STJ sinaliza uma nova frente de disputas internacionais em casos de internet e tecnologia. A aplicação extraterritorial das ordens judiciais brasileiras pode abrir espaço para discussões sobre a soberania digital e os limites da jurisdição online, o que é fundamental para orientar empresas de tecnologia e mídia global.  

direito administrativo

Transparência no STJ: Ex-promotor Põe o Dedo na Ferida 💥

Imagem: Direito News

O advogado e ex-promotor Airton Florentino de Barros, figura crítica e experiente do Ministério Público, não poupou palavras sobre o que chama de “vendas de sentenças” no STJ.

Segundo ele, o problema vai além de "casos isolados" e de "funcionários desviados" mencionados pelo presidente do STJ, ministro Herman Benjamin. Para Barros, o verdadeiro empecilho está nas sessões virtuais fechadas e no sigilo bancário e fiscal, que, como ele ironiza, serve mais para blindar do que para proteger.🔒

Barros argumenta que, se as sessões fossem abertas, com presença da imprensa e sustentação oral, essa venda de sentenças não se “camuflaria” tão facilmente. E ele lança um apelo direto aos advogados: onde está a reação institucional? Ele acredita que a advocacia deveria se mobilizar contra o cenário atual, mas o silêncio ecoa mais alto. 📢

Em tom ácido, o ex-promotor desmistifica a ideia de “sobrecarga” do STJ. Segundo ele, os recursos nem chegam aos ministros – a maioria é barrada na primeira triagem. É uma crítica afiada à burocracia recursal, e Barros ainda provoca: “Será que os advogados não aprenderam a preencher os requisitos?” A alfinetada deixa a questão no ar: até quando a advocacia aceitará isso? 🎯 (Leia completo!)

A Advocacia e o Desafio da Fiscalização no Judiciário: Hora de Romper o Silêncio? 🤔

Em um cenário onde as decisões judiciais se tornam cada vez mais complexas e o ambiente virtual cria um novo “palanque” para a Justiça, a advocacia se vê diante de uma questão incômoda: até que ponto estamos preparados para fiscalizar e proteger a integridade do sistema judiciário? Com a crescente digitalização das sessões e o aumento do sigilo processual, o papel do advogado como “guardião do devido processo legal” enfrenta desafios inéditos.

Se, por um lado, o ambiente virtual trouxe rapidez, por outro, ele também levantou barreiras que, para alguns, podem parecer camadas extras de proteção corporativa. Neste contexto, onde ficamos? Será que a advocacia está apenas assistindo de camarote, ou é hora de uma mobilização coletiva pela transparência e abertura no Judiciário?

Express da quinta👇🏻

#1 🌱 STJ libera cultivo de cannabis para uso medicinal

O STJ autorizou o cultivo de cannabis para fins medicinais, beneficiando pacientes que dependem de tratamentos com derivados da planta. A decisão traz um alívio para famílias que buscam alternativas de saúde, e abre caminho para regulamentações futuras sobre uso medicinal. ( Leia completo!)

#2 🌎 Democracias sob alerta, diz Bachelet

Michelle Bachelet, ex-Alta Comissária da ONU, alertou que democracias globais precisam estar atentas aos riscos crescentes, como desinformação e polarização. Ela destacou a importância de fortalecer instituições e manter direitos humanos em pauta para evitar retrocessos e preservar a estabilidade política e social. (Leia completo!)

#3 ⚖️ “Jesus do Bitcoin” em apuros fiscais

O “Jesus do Bitcoin,” empresário famoso no setor, enfrenta um processo por evasão fiscal em uma ilha da Espanha. A Justiça acusa o magnata de esconder lucros milionários. O caso levanta questões sobre a regulamentação de criptomoedas e a transparência tributária no setor. (Leia completo!)

🗞⚖️ Quer anunciar sua empresa, seu artigo acadêmico ou alguma decisão judicial relevante? É só clicar aqui
🤳🏻 Ainda não seguiu a gente no instagram? Clique e siga agora! 😉 Que tal aproveitar e seguir a gente no tik tok também? Clique e siga agora!
📲 É influenciador(a) e quer divulgar a lawletter? Mande uma mensagem na nossa DM

Participe também do nosso programa de indicação exclusivo 💙👇🏻

Te vejo na próxima, hein?

Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta às 06:00. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico…

A verdade é que quanto mais você abre a lawletter, mais atualizado você fica, este sem dúvida é um baita diferencial