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🎂 já pode abrir uma confeitaria

e tem cheiro de prescrição no caso do promotor que chamou a advogada de "cadela" no tribunal do júri, hein...

08/04/2025

terça-feira

bom dia. segundo dia útil da semana e eu aposto que você já se estressou com o PJe, nobre colega… o processo é eletrônico, mas o desespero é presencial, né? 💻😅 a sua sorte é que, por aqui, a newsletter é eletrônica e funciona! rs. vamos às notícias?

Importante! Já conferiu as notícias da semana passada? Nosso podcast facilita sua vida com um resumo do que rolou no mundo jurídico! Clique no link abaixo para ouvir 🎧💙 

Estamos entre os 28 top news podcasts do spotify - escute agora!

NA PAUTA DE HOJE…

  • 🔥 Risco de prescrição na ação penal contra promotor

  • 🤰 Preconceito contra grávida gera indenização

  • 🌱 Golpe milionário no agronegócio

  • 💙 Acompanhe a rotina do nosso co-fundador

  • ⏳ Processo parado há 5 anos finalmente tem andamento

  • 🏥 Médico no banco dos réus? Depende!

direito processual penal

🔥 Promotor que chamou advogada de “cadela” vira caso de suspeição em cadeia

Já faz um ano e meio do caso em que o promotor Walber Nascimento comparou a criminalista Catharina Estrella a uma "cadela" em pleno Tribunal do Júri ⚖️,mas o processo contra ele está mais parado que fila de fórum em feriado. 

Motivo? 10 promotores e 1 juiz se declararam suspeitos – um recorde de "coleguismo", que até o CNJ censurou o magistrado por omissão! 🤦‍♂️ Enquanto isso, o ex-promotor (aposentado com R$ 42 mil/mês) nega as acusações feitas pela defesa, que já vê risco de prescrição do crime de injúria.

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Já o MP/AM, depois do "efeito dominó" de suspeições, finalmente redistribuiu o caso – mas a nova promotora terá que desvendar por que ninguém no Parquet quis tocar nesse "osso". 🦴

Prescrição no Direito Penal: o "relógio jurídico" que absolve crimes

A prescrição é um mecanismo que extingue a punibilidade de um acusado após certo tempo, que é calculado com base na pena máxima prevista para o delito. Isso porque, se o Estado “dorme no ponto”, ele perde a possibilidade de punir a pessoa que cometeu um crime.

No caso do promotor que insultou a advogada, estamos falando do crime de injúria (art. 140 do CP), cuja pena é de detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.

➡️ Como funciona na prática? 

Crimes com pena máxima menor que 1 ano: 3 anos para prescrever;

No caso, o "relógio" começou em set/2023 - ou seja, pode prescrever em set/2026 – mas a defesa teme demoras processuais.

➡️ Pausas no Relógio (art. 117, CP): se o réu foge ou não é localizado, o prazo é suspenso até que ele seja encontrado (ou pelo prazo da prescrição); detalhe: decisões judiciais (como suspeições em série) não interrompem a contagem!

➡️ Efeito da Aposentadoria: aposentar-se não paralisa o prazo – a menos que o MP protelasse a ação (o que seria má-fé).

➡️ Por que isso importa no caso? As suspeições (10 promotores + 1 juiz) podem consumir tempo útil do processo até o prazo prescricional expirar; se prescrever, o promotor escapa da condenação, mas não de eventual processo disciplinar no MP.

direito trabalhista

🤰 Gravidez, metas e preconceito: bancária ganha, banco paga!

O TRT da 3ª Região manteve a condenação de um banco ao pagamento de R$ 30 mil em indenizações a uma funcionária de Juiz de Fora/MG. A trabalhadora foi alvo de cobranças abusivas de metas e discriminação por estar grávida, em um ambiente tóxico com direito a ameaças, deboche e até piada de mau gosto com “anticoncepcional na água da agência”. 🧃

A perícia médica confirmou que a bancária desenvolveu ansiedade generalizada, com contribuição direta das pressões e humilhações vividas no trabalho. O relator, desembargador Sérgio Oliveira de Alencar, destacou que o gerente agiu com desprezo e agressividade, e que o contexto foi decisivo para o adoecimento.

A Turma reduziu os valores individuais das indenizações, mas manteve o total de R$ 30 mil, aplicando a clássica fórmula do “nem pouco pra ser irrelevante, nem muito pra virar prêmio”. ⚖️

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🤔 E quando cabe mais?

💥 Gravidade excepcional da conduta: se ficasse comprovado que o assédio foi sistemático, prolongado no tempo e com impacto profundo na saúde física e mental da trabalhadora (por exemplo, se ela tivesse sido afastada por longo período, feito uso contínuo de medicamentos ou sofrido internações), o dano moral poderia ser fixado em valores superiores, até mesmo acima de R$ 50 mil.

📊 Reincidência do banco: se houvesse outras condenações anteriores da mesma instituição por condutas semelhantes (assédio, discriminação de gênero, metas abusivas), o juiz poderia aplicar um valor mais elevado para dar caráter pedagógico à condenação, conforme o art. 223-G, § 2º, da CLT. 

🏛 Conduta dolosa + ausência de ações corretivas: se o banco soubesse das práticas do gerente e nada tivesse feito para investigar ou impedir, isso agravaria a responsabilidade e poderia justificar uma indenização exemplar, com base no art. 944 do Código Civil, que trata da extensão do dano.

direito penal

🌱 Pirâmide do agronegócio: golpistas plantam prejuízo de R$ 60 mi e colhem 15 anos de cadeia

Imagem: Freep!k

A Justiça da PB escancarou o "agro-golpe" 💸 de uma organização que prometia lucros suculentos com hidroponia, mas só cultivava prejuízos (o famoso: tudo quem vem fácil, vai fácil).

Com site profissional, vídeos científicos e contratos de 30 anos, os criminosos enganaram 670 vítimas com promessas de rentabilidade fixa (até R$ 12 mil/mês!), num esquema clássico de pirâmide: o dinheiro dos novos investidores pagava os antigos, até a conta não fechar mais. 🎩

O juiz Geraldo Porto condenou os líderes por 25 estelionatos + associação criminosa, com penas de 9 a 15 anos. Mas aí veio a má notícia: quando a Justiça foi bloquear os bens, as contas já estavam mais vazias que caixa de empresa falida! 💼 Os sistemas SISBAJUD e RENAJUD confirmaram: os golpistas foram rápidos como gafanhotos no plantio... do dinheiro alheio. 👀 

📚 Estelionato ≠ Apropriação indébita:

Estelionato (Art. 171 do CP): a pessoa engana alguém para conseguir uma vantagem indevida. Exemplo: prometer um investimento lucrativo que não existe (como no “agro-golpe”) para fazer a vítima entregar dinheiro de boa-fé.

🧠 Palavra-chave: engano.

💬 “A vítima entrega por acreditar na mentira.”

Apropriação indébita (Art. 168 do CP): a pessoa recebe algo de forma legítima, mas depois não devolve ou usa como se fosse dela. Exemplo: um funcionário que recebe um valor da empresa para pagar uma despesa e usa o dinheiro em benefício próprio.

🧠 Palavra-chave: infidelidade.

💬 “A vítima entrega por confiança.

vida real

Acompanhe um dia com nosso co-fundador

Antes de se tornar o fenômeno que é hoje, a Lawletter 💙 era apenas um brilho nos olhos de Henrique Armando, nosso visionário sócio co-fundador. Advogado sócio de um grande escritório empresarial, Henrique é uma das forças por trás do nosso crescimento contínuo.

Minutos antes de redigirmos a edição de hoje, descobrimos esse vídeo onde Henrique mostra um dia na vida de um advogado que não só gerencia um grande escritório, mas também ajuda a impulsionar a nossa Lawletter. É uma chance única de ver como a magia acontece nos bastidores!

Estamos curiosos para saber o que vocês acham! Clique no vídeo acima e, se gostar do que viu, deixe um coração azul “💙” nos comentários para fazer essa redatora aqui sorrir. Vamos ver se nossa comunidade é tão engajada quanto pensamos!

direito civil

⏳ “Feliz aniversário, Excelência!”: petição irônica acelera julgamento parado há 5 anos

Imagem: Direito News

Cinco anos de espera e nada do processo andar. O advogado Délio Lins e Silva perdeu a paciência — e o filtro — e decidiu dar “parabéns” ao desembargador do TJPE pelo aniversário do recurso que dormia em berço esplêndido desde 2020 💤. A petição irônica viralizou no meio jurídico e, surpresa: o caso finalmente foi pautado (e julgado a favor dele)! 👀

A bronca começou em 2018, quando Délio perdeu uma lancha novinha em folha 🚤. A seguradora recusou o pagamento da indenização e ele ajuizou ação por danos materiais e morais.

Após derrota em 1ª instância, recorreu — e o recurso ficou mofando por meia década no gabinete. Foi aí que o advogado mandou o recado: “É muito tempo pra julgar um caso simples…”

No fim, o desabafo não só não queimou o filme do causídico, como também virou vela no bolo 🎂: a seguradora foi condenada a pagar R$ 60 mil pela lancha, R$ 2 mil pelos destroços e R$ 5 mil por danos morais. E o relator ainda reconheceu a aceitação tácita do seguro.

🧐 Esse tipo de petição é recomendado?

Depende muito do contexto, da sua relação com o juízo e do tom adotado. No caso do Délio, ele usou a ironia com inteligência e sem ofensas diretas, o que acabou chamando a atenção de forma eficaz.

Mas sim: ele deu uma bela sorte de cair com um relator que não levou para o lado pessoal e, acima de tudo, analisou o mérito com isenção. No geral, é um risco. A maioria dos juízes não reage bem a ironias ou críticas abertas, mesmo que fundamentadas.

A depender do magistrado, isso pode ser interpretado como: ofensa à dignidade da Justiça, o que pode gerar advertências, multa por litigância de má-fé ou até representação na OAB.

Portanto, não é exatamente recomendado, mas há situações nas quais o desabafo, bem redigido, pode virar catalisador. O segredo está em manter o tom crítico, porém respeitoso e criativo — como um bom advogado sabe fazer. 😉

(P.S.: há coisas que só um advogado com OAB de 4 dígitos pode fazer! 🤣)

direito administrativo

🏥 Médico no banco dos réus? Só se o Estado for primeiro… 

Imagem: Direito News

Se o erro foi do médico, mas ele estava a serviço do SUS ou de hospital conveniado, o réu certo não é ele — é o Estado ou a empresa contratada pelo poder público. Foi isso que decidiu a juíza Barbara Carola Hinderberger Cardoso de Almeida, da 2ª Vara de Embu das Artes/SP, ao aplicar o famoso Tema 940 do STF.

Resultado? A ação por erro médico contra uma profissional da saúde e o hospital foi extinta sem resolução de mérito. A magistrada lembrou que os profissionais de saúde atuando sob a batuta do serviço público são, sim, considerados agentes públicos por equiparação.

Então, antes de correr para o CPF do médico, o caminho é bater na porta do Estado — que, se quiser, depois de resolvido o pepino, pode ajuizar a ação de regresso. 🔁

👀 E como quase tudo na vida, vamos para as exceções:

1. Ato praticado fora do exercício da função pública: se o agente causador do dano agiu fora da sua função ou fora do expediente (por exemplo, um médico do SUS que faz plantão em hospital público, mas causou o dano atuando em clínica privada), ele pode ser processado diretamente.

2. Ação regressiva movida pelo Estado: após indenizar pelo dano, o Estado pode mover ação de regresso diretamente contra o agente (essa é a via adequada para responsabilização direta do servidor). Mas aqui, o autor da ação é o próprio Estado, não o cidadão prejudicado.

3. Atuação com dolo ou culpa grave e desvinculada do serviço público: há julgados que admitem a responsabilização direta do agente quando há comprovação de desvio de função, má-fé evidente ou atuação dolosa totalmente desconectada da prestação do serviço público.

4. Serviços não delegados formalmente: se o hospital ou prestador de serviço não tem vínculo contratual claro com o Estado, pode haver margem para questionar a aplicabilidade do Tema 940 — principalmente se o serviço prestado for considerado essencialmente privado.

🧠 QUIZ DA LETTER

Não adianta você ler tudo aqui e não lembrar depois, não é? Por isso, estamos te desafiando a fazer nosso quiz diário, com perguntas sobre as notícias que acabou de ler - ele dura apenas 2 minutos. 📝

Vem fazer! É só clicar no link abaixo 👇🏻

Express da terça 👇🏻

#1 🌍 Deu PT no sistema? Brasil em alerta com crise no multilateralismo

Preocupação à vista! O Brasil está de olho no "desmanche" do sistema multilateral - aquele que, quando funciona, evita que viremos uma Torre de Babel jurídica internacional. Advogados já preveem: sem cooperação global, os tratados viram letra morta e os conflitos comerciais, um verdadeiro "show de horrores" processual.

#2 💰 União pode levar mais um "toco" no Judiciário

Parece que o "réu primário" Brasília está prestes a perder outra causa! Com o STF inclinado a decidir contra, os advogados da AGU já devem estar ensaiando o "em tese, recorremos"... Enquanto isso, nos tribunais, a galera do contencioso já faz vaquinha para comprar mais café.

#3 🌳 Belenenses apontam racismo ambiental em obras

Parece que a sustentabilidade da COP30 esqueceu de sustentar os direitos das comunidades! Moradores de Belém estão prontos para processar, alegando que o verde do evento só aparece no nome... E os advogados ambientais já esfregam as mãos: "Isso vai virar caso de litigância estratégica!"

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Te vejo na próxima, hein?

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