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📍Geolocalização motiva condenação

Análise de competência, Instagram leva multa, benefício fiscal milionário ao Corinthians...

06/12/2024

sexta-feira

bom dia e hoje acordamos direto ao ponto… a frase do dia é “quem tem luz própria jamais ficará na escuridão”. Forte, hein?!

Você já escutou nosso podcast com review da semana passada? Escute agora! 👀💙

direito civil

⚖️ Uber ou Justiça? Decisão do STJ Define Competência Para Análise de Caso de Motorista

Imagem: Rafaela Araújo/Folhapress

O motorista de aplicativo que foi descredenciado da Uber e buscava reparação na Justiça agora sabe qual caminho seguir 🚗. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ/MG) havia se declarado incompetente para julgar o caso, considerando que a questão seria trabalhista. Porém, a decisão foi desafiada, e o recurso especial chegou ao STJ.

O relator, ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, deu uma virada no jogo, argumentando que a relação entre o motorista e a Uber é civil, não trabalhista. Afinal, o motorista não é subordinado, nem tem vínculo de emprego com a plataforma – ele é um autônomo na economia compartilhada, que usa a Uber apenas como intermediária para fazer o match com os passageiros. Com isso, o caso voltou para o TJ/MG, que deverá analisar o mérito da apelação.

O STJ ainda deixou claro: o transporte por aplicativo é para ser regulamentado de forma autônoma, e o processo deve ser tratado pela Justiça comum, sem vínculo trabalhista. A decisão unânime abriu o caminho para que o tribunal mineiro continue o julgamento. 🚖 (Leia completo!)

😉Revisão da letter:

No Brasil, existem várias Justiças que são responsáveis por julgar diferentes tipos de questões jurídicas, e cada uma delas tem competência específica:

A Justiça Comum é a mais ampla, sendo responsável por casos cíveis, comerciais e criminais em geral. Ela é composta pelos tribunais estaduais e federais e lida com processos como disputas de contratos, questões de propriedade e crimes não relacionados a relações trabalhistas ou eleitorais.

A Justiça do Trabalho, por sua vez, trata exclusivamente de questões envolvendo relações de trabalho, como pedidos de reconhecimento de vínculo empregatício, salários e indenizações trabalhistas. Ela é especializada em litígios entre empregados e empregadores.

Já a Justiça Eleitoral se ocupa dos assuntos relacionados às eleições, como registros de candidaturas, impugnações e crimes eleitorais. A Justiça Militar julga crimes militares cometidos por militares e, em casos excepcionais, por civis.

Por fim, a Justiça Federal tem competência para julgar questões envolvendo a União, autarquias e empresas públicas federais, além de causas envolvendo direitos humanos, entre outros. Cada uma dessas Justiças atua dentro de sua área de competência, visando especialização e eficiência na resolução de conflitos.

direito digital

Instagram bloqueia conta sem aviso e leva multa: é o direito ao contraditório em ação 📱

Imagem: wichayada/AdobeStock

O juiz Matheus Zuliani, da 2ª Vara Cível de Sobradinho/DF, decidiu dar um "chega pra lá" no Instagram! A plataforma foi condenada a desbloquear imediatamente a conta de uma loja de roupas e calçados, além de pagar R$ 3 mil por danos morais, depois de suspender o perfil sem dar a mínima chance de defesa. O motivo? Uma denúncia sem provas, que levou a plataforma a bloquear o perfil comercial de forma abrupta e sem investigação. 🚫

A loja alegou que, após comprar mercadorias de um revendedor, teve a conta hackeada e foi acusada injustamente de vender produtos falsificados, além de ser extorquida por um perfil falso que exigia R$ 1,5 mil para reativar o perfil.

O Instagram se defendeu dizendo que seguiu suas diretrizes e não tinha que investigar as denúncias. O juiz, porém, não comprou essa ideia e destacou que o bloqueio sem o direito de resposta fere os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. ⚖️

Com isso, a decisão garantiu o desbloqueio e a indenização à loja, que viu sua reputação e fluxo de clientes serem prejudicados. Não importa o quão grande é a empresa, o Direito precisa prevalecer. 🙌 (Leia completo!)

📚Fique por dentro:

Nas redes sociais, termos como suspensão, desativação, desmonetização e restrição de perfil são comuns, mas cada um tem um significado distinto, especialmente quando se trata de questões jurídicas:

Suspensão: A suspensão de um perfil significa que a conta foi temporariamente bloqueada, mas o usuário ainda mantém a possibilidade de reativá-la após resolver o problema apontado pela plataforma. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma denúncia de violação de políticas de uso é feita, e o perfil é suspenso até que o caso seja revisado.

Desativação: A desativação é a exclusão permanente do perfil pela plataforma, muitas vezes devido a uma violação grave ou repetida das suas regras. A principal diferença em relação à suspensão é que, uma vez desativado, o usuário perde o acesso à conta de forma definitiva, a menos que consiga reverter a decisão por meio de recursos ou ações judiciais.

Desmonetização: A desmonetização é quando a plataforma retira a capacidade do usuário de gerar receita a partir de sua conta, especialmente em plataformas como YouTube, Instagram ou TikTok. A conta em si não é removida ou desativada, mas o criador de conteúdo perde a capacidade de gerar receita por anúncios, parcerias ou outras formas de monetização.

Restrição de Perfil: A restrição de perfil geralmente se refere a limitações impostas pela plataforma ao usuário, sem retirar completamente o acesso. Isso pode incluir a impossibilidade de comentar ou compartilhar conteúdo, a diminuição da visibilidade das postagens ou a impossibilidade de fazer publicações patrocinadas.

direito trabalhista

Geolocalização desmascara trabalhador e leva à condenação por má-fé 📍

Imagem: Freep!k

Em um caso na Vara do Trabalho de Embu das Artes/SP, o juiz Régis Franco e Silva de Carvalho utilizou dados de geolocalização para desmentir as alegações de um trabalhador que afirmava ter realizado horas extras fora do ponto 🕒. O suporte tecnológico, incluindo informações de operadoras de celular e Google, revelou que o reclamante não estava no local de trabalho após os horários alegados.

O magistrado aplicou multas severas: 20% do valor da causa à União, por ato atentatório à dignidade da Justiça, e 9,99% ao trabalhador, por litigância de má-fé. Também determinou a expedição de ofícios às Polícias Civil e Federal e ao Ministério Público, para investigar possíveis crimes como calúnia e estelionato.

O caso foi descrito como um exemplo de judicialização predatória, levando o juiz a encaminhar a situação à Comissão de Inteligência do TRT-2, em linha com recomendações do CNJ. 🚨📜

A decisão reforça o papel da tecnologia na busca pela verdade e serve como alerta contra tentativas de enganar o Judiciário, destacando que mentir em juízo pode trazer consequências graves. (Leia completo!)

🤝 Conselho da letter:

No Direito Trabalhista, as provas são a espinha dorsal da causa. Muitas vezes, o sucesso do processo está diretamente ligado à capacidade do advogado em apresentar ou contestar provas de forma estratégica.

Por isso, é crucial que os advogados se permitam pensar fora da caixa ao abordar a produção de provas, seja para sustentar os interesses do cliente, seja para se antecipar e desmontar os argumentos da parte contrária.

A inovação no uso de provas pode ser um diferencial decisivo. Tecnologias como geolocalização, rastreamento de dispositivos eletrônicos, registros de sistemas internos e até mesmo provas documentais não convencionais, como mensagens de aplicativos ou históricos de e-mails, podem se tornar aliados poderosos.

No entanto, é igualmente importante prever como a parte contrária pode usar esses mesmos recursos contra o cliente, já que cada peça do processo pode ser examinada por um prisma estratégico. Afinal, o Direito não é apenas técnica, é também inteligência aplicada.

direito constitucional

🚦 Liberdade de Expressão tem Limites: Toffoli e o Caso da Ponte

Imagem: Gazeta do Povo

Durante o julgamento no STF sobre a responsabilidade das redes sociais na remoção de conteúdo sem ordem judicial, o ministro Dias Toffoli trouxe exemplos marcantes para reforçar que a liberdade de expressão tem, sim, seus limites. E foi direto: "Liberdade de expressão não é salvo-conduto para práticas ilícitas". 🛑

Toffoli citou o emblemático caso Ellwanger, que envolveu a publicação de livros com teor antissemita, e lembrou que a liberdade de expressão não pode ser usada como desculpa para incitação ao racismo.

Veja o momento 👇

Mas o exemplo que realmente chamou atenção foi o do policial que atirou um homem de uma ponte em São Paulo. "Liberdade de expressão, isso? Não mesmo!", ironizou o ministro. 🕵️‍♂️

O recado foi claro: é preciso evitar exageros e distorções. Se levássemos o conceito ao extremo, até violência doméstica poderia ser defendida sob esse manto. Toffoli deixou uma provocação para reflexão: "O que está em jogo é a responsabilidade e o respeito às leis – porque até a liberdade precisa de limites". 📜 (Leia completo!)

direito penal

🔍 Quando a Justiça Lê Nos Lábios: Caso Resolvido com Inclusão

Imagem: Assessoria de Imprensa TJ/SC

No último Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o TJ/SC mostrou como a acessibilidade pode fazer toda a diferença na Justiça. Um depoimento crucial em um caso de homicídio foi parcialmente recuperado graças à habilidade de leitura labial de um profissional da secretaria de Acessibilidade e Inclusão do tribunal.🎙️

Mais a fundo na notícia:

Ao se deparar com o áudio do Júri danificado, o desembargador solicitou diligências, com base no art. 616 do CPP, para recuperar o depoimento, considerando a possibilidade de conter informações relevantes para o réu.

A solução encontrada foi recorrer à secretaria de Acessibilidade e Inclusão do TJ/SC, que recuperou parcialmente o áudio.

O caso envolvia um réu condenado a seis anos de reclusão por homicídio simples, que alegava que o julgamento havia ignorado provas importantes. Mas com o depoimento parcialmente recuperado, o tribunal concluiu que nada contrariava a decisão do Júri. E assim, por unanimidade, confirmou a sentença.

O desembargador destacou o profissionalismo dos servidores envolvidos, que provaram que inclusão também é eficiência no Judiciário. Quem diria que um detalhe técnico poderia virar exemplo de inovação e acessibilidade? ✨ (Leia completo!)

Express da sexta👇🏻

#1 STJ: Enel É Responsável por Vazamento de Dados

O STJ decidiu que a Enel deve responder por dados vazados de cliente após ataque hacker. A corte reforçou que proteção de dados é dever da empresa, mesmo com invasores no circuito. Compliance, galera, não é opcional. (Leia completo!)

#2 STF Garante Benefício Fiscal Milionário ao Corinthians 

O STF validou o benefício fiscal do Corinthians relacionado à Arena Itaquera. A decisão evita um rombo no caixa do clube, garantindo que o Timão jogue de goleada também nas finanças. (Leia completo!)

#3 💸 Golpe de R$ 1,6 Milhão Dá em Condenação no TRF-4

Uma mulher foi condenada por induzir um bancário ao erro para liberar um crédito milionário. O TRF-4 considerou a prática como estelionato qualificado. O crédito foi liberado, mas a Justiça, ao contrário, não deu desconto (Leia completo!)

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Te vejo na próxima, hein?

Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta às 06:00. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico…

A verdade é que quanto mais você abre a lawletter, mais atualizado você fica, este sem dúvida é um baita diferencial