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🤔 estelionato sentimental, pode??

expedição de Marçal pode ter colocado em risco a vida de 32 pessoas...

21/05/2025

quarta-feira

bom dia, lawlovers. a mensagem para quarta-feira é a seguinte: a vida não melhora por acaso, ela melhora por decisão! o que você vai decidir por sua vida hoje? 💙

📢 Perdeu as notícias da semana passada? Calma que a gente te ajuda! No nosso podcast, você confere um resumão esperto do que rolou no mundo jurídico – sem juridiquês e direto ao ponto. 🎧

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NA PAUTA DE HOJE…

  • 💔 Estelionato sentimental termina em indenização

  • 🧑‍⚖️ STF recebe denúncia contra o núcleo 3 da tentativa de golpe

  • 🔐 Plataforma de bitcoin é condenada por falha na segurança

  • 🏔️ Pablo Marçal vira réu por expedição ao Pico dos Marins

  • 🛍️ STJ reduz multa imposta ao grupo Magazine Luiza

direito civil

“Golpe do amor” sai caro — R$ 55 mil de indenização por estelionato sentimental 💔

Durante um relacionamento que durou menos que um contrato de aluguel (10 meses), um homem convenceu uma viúva 12 anos mais velha a bancar tudo: divórcio, carteira de habilitação, moto, roupas e até um cachorro. 🐶

Tudo isso com promessas de amor eterno que duraram até o “vazamento repentino” dele, sem justificativa e, claro, sem devolver um centavo. O TJ/SP viu a manobra e não teve dúvidas: o moço aplicou um verdadeiro estelionato afetivo — mesmo sem tipificação penal direta, a conduta foi suficiente para configurar estelionato sob a ótica cível.

Afinal, o amor pode ser cego, mas o Direito, não. No STJ, a defesa alegou que tudo não passava de "presentinhos espontâneos" (quem nunca deu uma moto de mimo, não é mesmo? 🏍️). Mas a ministra Isabel Gallotti foi firme: havia dolo, fraude e um plano bem arquitetado.

Resultado? Condenação mantida por unanimidade. O réu vai ter que desembolsar R$ 40 mil por danos materiais e R$ 15 mil por danos morais. A justiça tarda, mas quando chega… vem com juros, correção e um toque de ironia. ⚖️

fala sério, não é um partidão?

Um pouco de história não faz mal…

O termo "estelionato afetivo" começou a ganhar notoriedade no Brasil a partir da década de 2010, especialmente no meio jurídico e acadêmico, embora não exista como tipo penal específico no Código Penal.

Ele é uma construção doutrinária e jurisprudencial usada para descrever situações nas quais alguém se vale de uma relação afetiva, amorosa ou de confiança para obter vantagens patrimoniais indevidas da outra parte, geralmente por meio de engano ou manipulação emocional.

🏆 Principais marcos:

2012–2014: começam a surgir os primeiros artigos jurídicos e decisões judiciais usando o termo;

2015 em diante: o termo passa a ser mais debatido em ações judiciais envolvendo pedidos de indenização por danos morais e materiais, com base no abuso da confiança afetiva;

2020 em diante: ganhou ainda mais visibilidade com reportagens na mídia e decisões judiciais que reconheceram a prática como ilícito civil (embora não como crime à parte), principalmente em ações de responsabilidade civil com base nos artigos 186 e 927 do Código Civil.

direito penal

🧑‍⚖️ STF e o golpe que não rolou!

A 1ª Turma do STF decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia contra 10 dos 12 acusados de participar da suposta tentativa de golpe de Estado pós-eleições de 2022. O grupo inclui militares da ativa, da reserva e até um agente da PF — parece início de piada, mas é denúncia mesmo.

GIPHY

Já o coronel Cleverson Ney e o general Nilton Diniz escaparam dessa, pois, segundo Alexandre de Moraes, faltou “material probatório”. Ou seja, foram citados, mas sem provas concretas. Sorte de quem só apareceu no grupo do “zap”. 💬

A defesa tentou de tudo: alegou que os ministros eram suspeitos, que faltou acesso a provas, e até que o delegado teria “desestabilizado psicologicamente” um general quatro estrelas com uma pergunta. Moraes não perdoou: “Se ele sobreviveu a missões da ONU, sobrevive a um delegado falante”. 😅

Pra fechar com chave de ouro (ou de algema), Moraes deixou claro: tentativa de golpe já é golpe sim, senhor! Não precisa esperar o tanque na rua pra configurar crime. E sobre o art. 142 da Constituição, o recado foi direto: quem diz que dá poder moderador às Forças Armadas “não é jurista, é golpista”. 🎯

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direito do consumidor

🔐 Falha no cofre digital: plataforma de bitcoin é responsabilizada por prejuízo de investidor

Imagem: AdobeStock

O STJ deu um “Alt+Del” na decisão do TJ/MG e reconheceu a responsabilidade de uma plataforma de bitcoin por deixar escapar 3,8 BTC da conta de um investidor — cerca de R$ 200 mil evaporando sem nem um “tchau” por e-mail. 😬 

A ministra Isabel Gallotti lembrou que, sim, empresas do tipo respondem objetivamente por falhas de segurança, salvo se provarem culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito externo. Spoiler: não provaram.

O investidor alegou que não autorizou a transação e que nem recebeu aquele clássico e-mail de confirmação com código — um verdadeiro golpe no sistema de dupla autenticação.

O TJ/MG achou que, se usaram login e senha, tá tudo certo. Mas o STJ lembrou que a segurança integral da conta é dever da plataforma, e só login e senha não bastam pra fugir da responsabilidade no CDC. Conclusão? A plataforma vai ter que responder pelo prejuízo. 🛡️ 

⚠️ Relevância jurídica do Bitcoin no Brasil

1. Responsabilidade da plataforma: quem fornece serviços de armazenamento e negociação (como corretoras ou exchanges) tem responsabilidade objetiva pelas falhas na segurança, à luz do CDC — entendimento pacífico do STJ. Se um terceiro rouba BTCs por falha do sistema, a empresa responde.

2. Perda de criptomoeda: se alguém perde sua chave privada, perde acesso ao BTC — e não há como recuperar. Isso reforça o caráter de bem digital de natureza distinta dos ativos tradicionais.

3. Regulação e supervisão: no Brasil, plataformas de criptomoeda não são oficialmente instituições financeiras, mas algumas já estão sob regulação do Banco Central e da CVM. Isso amplia os deveres de cuidado, transparência e segurança.

direito penal

Influencer nas alturas (e na Justiça): Pablo Marçal vira réu após expedição polêmica 🏔️

Imagem: Zero Hora

Pablo Marçal, empresário e influenciador digital, acaba de subir mais um degrau — só que agora na Justiça. Ele virou réu por supostamente colocar em risco a vida de 32 pessoas durante uma expedição ao Pico dos Marins, em janeiro de 2022.

A denúncia do MP foi aceita pela juíza Rafaela D’Assumpção Cardoso Glioche, que entendeu que há elementos suficientes para iniciar o processo criminal. Entre os destaques da acusação: tempestade, neblina, ventos de 100 km/h e participantes usando trajes mais apropriados pra um passeio no shopping.

Segundo o MP, além das roupas inapropriadas e da ausência de guias, o passeio foi realizado numa época conhecida por chuvas intensas, o que tornava a aventura ainda mais perigosa — parece que o “planejamento estratégico” ficou de fora da expedição...

Marçal agora tem 10 dias para apresentar sua resposta, com provas e testemunhas. A defesa, por sua vez, afirma que ele está tranquilo e confiante na sua inocência. 😌

🔍 Saiba mais!

O Pico dos Marins, com seus imponentes 2.428 metros de altitude, é o quinto ponto mais alto do Estado de São Paulo e fica localizado entre os municípios de Piquete (SP) e Passa Quatro (MG), na charmosa e traiçoeira Serra da Mantiqueira.

Em dias de tempo bom, a vista é deslumbrante. Mas quando o clima vira, o que não é raro por lá, o cenário muda: neblina, chuva e ventos fortes transformam o local em um verdadeiro campo de provas da resistência humana (e da responsabilidade civil e penal também... 😬).

direito do consumidor

🛍️ Magazine Luiza leva bronca e multa vira desconto

Imagem: AdobeStock

A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça confirmou que o grupo Magazine Luiza não escapou da bronca por deixar produtos na vitrine sem preços claros — um clássico “Cadê o valor, meu povo?”.

📖 O contexto desta história…

O Ministério Público do Paraná abriu a ação com base em uma inspeção de 2007, quando foi constatado que os brinquedos e bonecas estavam na “vitrine secreta”, sem etiqueta visível.

O STJ reconheceu a legitimidade do MP e manteve a multa, mas deu um alívio financeiro: reduziu a multa diária para R$ 500, limitada a 60 dias, em vez dos R$ 2,5 mil fixados pelo Tribunal local. 💸

No voto, o relator ministro Antonio Carlos Ferreira deixou claro que a multa judicial (astreintes) não é castigo repetido, mas um instrumento processual para garantir que a empresa cumpra a decisão — nada a ver com multa administrativa! 👨‍⚖️

O STJ ressaltou que o Magazine Luiza já tinha se comprometido antes (em termo de ajustamento) e mesmo assim reincidiu, o que justifica a punição, mas com moderação para não se tornar um pesadelo financeiro. 🤝

🕹️ QUIZ DA LETTER: Hora de colocar seu conhecimento à prova!

Em menos de 2 minutos, você revisa os principais temas do dia, fixa o que importa e ainda se diverte com perguntas que realmente fazem pensar. Bora testar sua memória? 🧐

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Express da quarta

#1 🗓️ Férias vencidas? CLT não perdoa

Se o empregador deixa o colaborador sem tirar férias por mais de 12 meses após o período aquisitivo, a Justiça do Trabalho entra no modo “protetor raiz”: a folga vira férias em dobro, com direito a pagamento duplicado.

#2 ⚖️ Trump vira “estatizante” de terno e gravata?

Na contramão do discurso liberal, Trump promete intervir pesado na economia. A ideia? Tarifas, subsídios e favoritismo à indústria americana. Advogados tributaristas e internacionalistas: preparem-se, porque o livre mercado pode virar peça de museu.

#3 🤖 Recrutamento turbo por IA? Nem sempre é upgrade

Empresas estão correndo para usar inteligência artificial na contratação, mas sem freios, isso vira uma corrida maluca. O problema? Falta de transparência e decisões automáticas sem alma. O algoritmo pode estar contratando... riscos jurídicos.

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💪🐀 Código do dia: metendo o shape

Te vejo na próxima, hein?

Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta, às 6h. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico.

A verdade é que, quanto mais você abre a Lawletter, mais atualizado você fica - este, sem dúvida, é um baita diferencial!