🥊 Eproc vs PJe

veja também: “quando um advogado é desrespeitado, toda a classe é atingida”...

07/05/2025

quarta-feira

bom dia, lawlover. às vezes, nos falta carisma pra lidar com as situações do dia a dia. tá tudo bem. nem sempre é possível sorrir diante das adversidades. fica em paz, porque o sol nasce todos os dias e as coisas sempre podem melhorar 😉💙

Importante! Já conferiu as notícias da semana passada? Nosso podcast facilita sua vida com um resumo do que rolou no mundo jurídico! Clique no link abaixo para ouvir 🎧💙

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NA PAUTA DE HOJE…

  • 📌 Advogado confunde sistemas e leva multa

  • 🎓 Juíza anula corte na hora-aula de professores

  • 👩‍⚖️ Protesto contra a detenção de advogada

  • ⚖️ STJ reduz pena de tráfico de drogas

  • 🧐 Contratação de autônomos e vínculo empregatício

direito processual civil

📌 Advogado entra no PJe... mas era no Eproc! Juíza aplica multa por “erro grosseiro”

Um advogado mineiro acabou escorregando na tecnologia e distribuiu uma ação contra banco no sistema PJe, quando deveria ter usado o Eproc — obrigatório desde 31 de março de 2025 nas varas Cíveis de BH, segundo as Portarias Conjuntas 1.645/PR/25 e 1.650/PR/25. Resultado? Distribuição cancelada e uma multa de 5% sobre o valor da causa 😬.

A juíza Maria da Glória Reis, da 19ª Vara Cível de BH, não deixou barato. Considerou o equívoco um “erro grosseiro” e, mais do que isso, um ato temerário, alegando que a troca de sistema já fazia parte do dia a dia dos operadores do Direito local. Para ela, a conduta configurou litigância de má-fé, nos termos do art. 80, V, do CPC. ⚖️

Moral da história: distribuiu errado, paga a conta 💸. A parte autora ainda pode recomeçar, mas agora no Eproc, como manda o figurino. E fica o lembrete: no processo eletrônico, o sistema certo é meio caminho andado!

errooooooou

➕ Principais diferenças entre o Eproc e o PJe:

Desenvolvimento e objetivo: o Eproc é focado na agilidade e simplificação, enquanto o PJe busca uma padronização maior entre tribunais e é mais utilizado no Brasil inteiro.

Complexidade: o PJe tende a ser mais complexo e oferece maior integração, enquanto o Eproc é mais simples e específico para tribunais que o adotam.

Uso e aplicação: o PJe é amplamente adotado, sendo a principal plataforma em muitos tribunais, enquanto o Eproc é utilizado mais especificamente no âmbito federal e em alguns tribunais estaduais.

direito do trabalho

Juíza anula corte no valor da hora-aula 🎓

A juíza Vanessa Suave Fonseca, da 42ª Vara do Trabalho do RJ, deu um sonoro “não” ao corte de 20% no valor da hora-aula de professores do Grupo Ibmec, que alegava ter apenas “reestruturado” o plano de carreira. O problema? Esqueceram de combinar com os principais interessados — os professores. 😬

A ação foi puxada pelo Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro e Região (Sinpro/RJ), que apontou alteração contratual lesiva sem negociação coletiva — “bingo jurídico”, com base no art. 468 da CLT e no art. 7º, VI, da CF. A instituição tentou amenizar dizendo que criou uma tal “diferença individual de horas” para compensar.

A juíza não caiu nessa aula de contabilidade criativa: reconheceu que houve, sim, redução da unidade remuneratória e determinou o retorno ao valor original da hora-aula, com direito a retroativos desde fevereiro de 2024, mais reflexos em férias, FGTS e 13º. 👩‍⚖️

GIPHY

😆 Senta aí e bora revisar!

No Direito do Trabalho, reflexos salariais são os impactos que uma determinada verba (como horas extras, adicional noturno, comissões, etc.) causa sobre outras verbas trabalhistas de natureza salarial, como: férias + 1/3; 13º salário; FGTS; aviso-prévio indenizado; horas extras (quando há adicional sobre adicional); descanso semanal remunerado (DSR).

Exemplo prático: se um professor teve redução no valor da hora-aula, e essa hora-aula compõe o salário-base, então essa redução afeta o cálculo de:

Férias → porque são calculadas sobre a remuneração habitual;

13º salário → porque ele corresponde a 1/12 da remuneração anual;

FGTS → que incide sobre a remuneração mensal.

Ou seja, não é só a perda mensal: o prejuízo se multiplica por esses reflexos.

direito constitucional

👩‍⚖️ Prerrogativa não é sugerida, é garantida! OAB/AP reage à detenção de advogada

A madrugada foi tensa em Macapá: a advogada Sandy Araújo, da Comissão de Prerrogativas da OAB/AP, foi detida, algemada (!) e, segundo relatos, agredida enquanto prestava assistência jurídica em uma operação policial.

Veja 👇

Tudo isso contrariando o art. 7º, §3º da Lei 8.906/94, que só admite prisão de advogado no exercício profissional em flagrante de crime inafiançável. Spoiler: não era o caso. 😤

A OAB/AP não deixou barato: entrou com pedido de prisão preventiva e afastamento de quatro PMs envolvidos. O juiz reconheceu a gravidade do episódio, mas negou a preventiva por falta de elementos concretos. Ainda assim, o estrago institucional já estava feito — e a advocacia não gostou nem um pouco. 🛑

A criminalista Patrícia Vanzolini foi direta: “Algemar advogada em serviço é rasgar as prerrogativas na frente da Constituição”. E completou: “Quando um advogado é desrespeitado, toda a classe é atingida”.

📊 Dados sobre violência contra advogados

Assassinatos relacionados à profissão: entre 2016 e 2018, a OAB registrou 72 assassinatos de advogados, sendo que 45 desses casos estavam diretamente ligados ao exercício profissional.

Agressões físicas e verbais: no estado de Goiás, entre 2019 e 2024, foram registradas 55 denúncias de violações contra advogados, incluindo agressões físicas, ameaças e impedimentos ao livre exercício da profissão.

Assédio e discriminação: um terço das advogadas brasileiras já sofreu assédio sexual no ambiente de trabalho, e cerca de um quarto dos advogados negros relatam ter enfrentado discriminação racial em ambientes profissionais.

direito penal

STJ reduz pena de tráfico: quantidade de droga não justifica exclusão da minorante

Imagem: Freep!k

O ministro Otávio de Almeida Toledo, do STJ, surpreendeu ao conceder habeas corpus de ofício e aplicar a causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei de Drogas (o famoso “tráfico privilegiado”), levando em conta que a quantidade de maconha apreendida – 75,98 gramas – não era suficiente para excluir a redução da pena.

O réu, condenado a cinco anos em regime semiaberto por tráfico, viu sua pena ser reduzida para um ano e oito meses de reclusão e 167 dias-multa. 😲

A decisão foi baseada na jurisprudência do STJ, que já tinha definido que registros de inquéritos ou ações penais em curso, sem condenação definitiva, não podem impedir a aplicação do tráfico privilegiado. Além disso, a quantidade da droga apreendida, abaixo de 100 gramas, não justifica, por si só, a exclusão dessa benesse. 💼

Apesar de ter havido rejeição inicial do habeas corpus devido à litispendência (afinal, o réu já havia recorrido ao STF e STJ), o ministro identificou uma ilegalidade tão flagrante que não teve como deixar de aplicar a redução, garantindo que a justiça fosse feita.

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direito trabalhista

STF vai decidir se é constitucional a tal da “pejotização”

O Supremo Tribunal Federal está prestes a entrar no debate sobre a contratação de autônomos e pessoas jurídicas para a prestação de serviços. O ARE 1.532.603, com repercussão geral, promete mexer com as estruturas! 😱 

O STF vai analisar se essa prática é legal e quem, no fim, tem que provar se houve fraude no contrato: o trabalhador ou a empresa? E mais, qual é o juiz competente para decidir o caso? Justiça do Trabalho ou comum? 🤔

 O contexto dessa história…

O caso começou com um corretor de seguros que pediu o reconhecimento de vínculo empregatício com a Prudential do Brasil Seguros. A empresa alegou que o contrato era de franquia e não havia vínculo.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) até deu razão ao trabalhador, mas o TST revogou a decisão, afirmando que a contratação estava dentro da legalidade da terceirização.

O relator Gilmar Mendes destacou que essa decisão é relevante para todo o Brasil. O julgamento, que deve ser feito em plenário, vai definir se esse tipo de contratação é permitido ou se cabe a famosa CLT na história, com o reconhecimento de vínculo empregatício. E, claro, pode criar um “efeito cascata” para outras situações no mercado de trabalho! ⚖️

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Express da quarta 👇🏻

#1 🚨 Setor industrial lidera recuperações judiciais

O setor industrial tem dominado o ranking de recuperações judiciais no Brasil, com destaque para o impacto da crise e a alta dos custos. Isso significa que mais empresas estão buscando ajuda judicial para evitar o colapso financeiro. 

#2 🏡 Financiamento imobiliário: amortizar ou investir?

Com a Selic a 14,25% ao ano, decidir entre amortizar a dívida ou investir exige análise cuidadosa. Se o financiamento possui juros abaixo desse patamar, investir pode ser mais vantajoso. Contudo, se os juros forem superiores, amortizar a dívida tende a ser a melhor opção. Uma estratégia híbrida, utilizando parte dos recursos para amortizar e outra para investir, também pode ser considerada.

#3 📌 Justiça manda INSS devolver descontos indevidos

A Justiça se antecipou e determinou que o INSS devolva os descontos indevidos cobrados de aposentados e pensionistas. Enquanto o governo federal prepara um plano de ressarcimento, as primeiras decisões judiciais já estão sendo emitidas, com destaque para o Tribunal de Justiça de São Paulo, que registrou mais de mil decisões desde o início do ano .

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💪🐀 Código do dia: força e foco

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