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🐢 diploma vindo de jabuti
homem agride bebê, mas era real ou reborn?
09/06/2025
segunda-feira
bom dia. segunda é um ótimo momento para lembrar que a vida não acaba quando você comete um erro. não tem para onde correr, você vai ter que vencer dias ruins para ter dias melhores e eu estou contigo nessa.

📢 Perdeu as notícias da semana passada? Calma que a gente te ajuda! No nosso podcast, você confere um resumão esperto do que rolou no mundo jurídico – sem juridiquês e direto ao ponto. 🎧
👉 Dê o play e fique por dentro!
NA PAUTA DE HOJE…
👶 Homem agride bebê
📱 Empresário é ligado a site de apostas
🎓 3 anos para entregar diploma
🚫 Juízes de SP barram isenção de custas
🎭 Tirullipa é condenado
direito processual penal
👶 Boneca ou bebê? Juíza solta homem que agrediu criança de 4 meses por confusão surreal

Imagem: Freep!k
Um rapaz foi parar na audiência de custódia após desferir um tapa em uma bebê de apenas 4 meses em um food truck em BH. Alegou que achava se tratar de uma “boneca hiper-realista” (não é roteiro de série, é caso real mesmo 😳).
A juíza responsável pelo caso homologou a prisão em flagrante, mas negou a preventiva por falta de requisitos legais — o crime, por ora, foi enquadrado como lesão corporal leve, com pena máxima inferior a quatro anos, conforme o art. 313, I, do CPP 📖.
Apesar do absurdo do ocorrido, a magistrada seguiu a cartilha: nada de prender só pela comoção pública. Para garantir a liberdade provisória, o réu teve que abrir a carteira: R$ 4.554 de fiança 💸, além de outras cautelares, como comparecimento à CEAPA e manter endereço atualizado.
A decisão ainda prevê a reavaliação da tipificação penal após laudo médico do hospital. Se a lesão for mais grave, o enquadramento (e o risco de prisão) pode mudar.⚖️
🤖 O Direito diante da tecnologia hiper-realista
À medida que a tecnologia avança em ritmo acelerado, o Direito se vê diante de desafios inéditos. A produção de bonecas hiper-realistas pode parecer algo distante do universo jurídico, mas o impacto é real, imediato e, por vezes, surreal.
Quando um indivíduo alega ter confundido uma criança com uma boneca, o Direito é obrigado a revisitar conceitos clássicos, como dolo, culpa, erro de tipo e até mesmo a imputabilidade penal.
A fronteira entre o real e o artificial se embaralha, levantando debates sobre discernimento, intenção e responsabilidade. O Judiciário, então, precisa equilibrar o rigor técnico com a sensibilidade social — sem deixar que a tecnologia sirva de escudo para atitudes violentas ou irresponsáveis.
Esse tipo de situação também acende o alerta para uma necessidade urgente: o Direito não pode mais ser apenas reativo diante da inovação. É hora de pensar preventivamente, com legislações e interpretações que acompanhem a complexidade do mundo digital e suas criações.
direito digital
📱Quando a IA erra feio: Google é condenado por ligar empresário a site de apostas

Imagem: Freep!k
A Justiça do Rio mandou o Google Brasil pagar R$ 20 mil a Marcelo Tavares, após sua IA decidir — sem base nem sorteio — que ele era dono da “7 Games”, uma plataforma de jogos de azar 🎰. O juiz Alberto Republicano, da 5ª Vara Cível de Niterói, não comprou a tese de “só organizamos links” e reconheceu o erro direto da inteligência artificial da empresa.
Segundo o magistrado, o conteúdo não era simples resultado de busca, mas uma afirmação feita pela própria plataforma, o que agrava a responsabilidade. Marcelo, que nunca teve relação com o tal site, acabou sofrendo ameaças de usuários indignados com perdas financeiras no jogo.💥
Além da indenização, o Google terá que excluir os conteúdos falsos dos mecanismos de busca. Fica o recado: até inteligência artificial tem que obedecer ao dever de cuidado — e o princípio da veracidade nunca sai de moda, mesmo no digital
🔍 Associação automática e superficial de dados
Os algoritmos do Google — especialmente os de IA generativa, como o Google Knowledge Panel — tentam cruzar informações coletadas de diversos sites. Se houver páginas mal indexadas, desatualizadas, maliciosas ou simplesmente erradas mencionando o nome "Marcelo Tavares" junto da "7 Games", a IA pode ter feito uma inferência incorreta, assumindo uma ligação inexistente.
🧠 Falta de validação de fontes
A IA pode ter usado fontes não confiáveis ou ambíguas, como fóruns, redes sociais ou sites que não checam informações. Como a IA do Google busca responder com autoridade, ela pode apresentar essas informações como fato — quando, na prática, são apenas boatos ou coincidências nominais.
direito do consumidor
🎓 Diploma perdido no tempo rende condenação a faculdade por danos morais
Na 2ª Vara Federal de Pelotas/RS, uma faculdade foi condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a uma ex-aluna que esperou mais de três anos pelo diploma de Direito. A colação foi em 2018, mas o canudo só chegou após intervenção judicial em 2021. O juiz não perdoou: omissão grave e prestação de serviço educacional abaixo de zero. 📉
A faculdade alegou que a aluna não assinou a ata de colação. O magistrado, porém, considerou que cabia à instituição orientar a estudante, e não simplesmente esquecer dela por três anos. 🤷♀️
A cereja do bolo? Ela perdeu uma oportunidade de trabalho por falta do documento. O juiz aplicou a portaria 1.095/18 do MEC, que fixa prazo de 120 dias para emissão do diploma. No fim, a Justiça reconheceu o direito da autora e garantiu a compensação pela negligência. ⚖️

🕰️ Atrasos relatados e repertório para advogados…
👉 Uma ex-aluna da UPIS, no Distrito Federal, só recebeu seu diploma de Turismo em 2020, após concluir o curso em 2010 — um atraso de dez anos.
👉 Uma universidade de Campo Grande ficou mais de três anos sem emitir o diploma de um graduado em Geografia, até ser obrigada pela Justiça a concluí-lo em 30 dias sob multa.
direito constitucional
🚫 Nada de isenção: juízes de SP barram “benefício VIP” para advogados

Imagem: Freep!k
A recente mudança no CPC que isenta advogados do pagamento antecipado de custas em ações de cobrança de honorários não colou com parte da magistratura paulista.
A juíza Samira de Castro Lorena, da 4ª Vara Cível do Jabaquara/SP, jogou água no chope da classe e declarou que a regra fere a isonomia tributária. Já a colega Camila Borges foi além: disse que a lei tem vício de origem, é formalmente inconstitucional e só o Judiciário pode legislar sobre isso. ⚖️
Para completar o “trio calafrio”, o juiz Matheus Romero, de Araras/SP, chamou a isenção de “privilégio fiscal injustificado”. Segundo ele, não dá pra fazer justiça criando uma “classe especial” no balcão do fórum — enquanto outros profissionais seguem pagando as benditas custas. 😬
E mais: como envolve possível inconstitucionalidade de lei federal, o caso vai subir para o Órgão Especial do TJ/SP. Em resumo? O sonho do “salto sem custas” pode acabar tropeçando no próprio salto. 👞
❌ Norma inconstitucional
a) Fere o princípio da isonomia tributária, ao conceder um privilégio específico à classe dos advogados, sem estender o mesmo benefício a outros profissionais liberais que enfrentam situações semelhantes.
b) A norma apresenta vícios formais e de iniciativa, uma vez que leis sobre custas processuais devem partir do próprio Poder Judiciário e, em certos casos, demandariam lei complementar.
✅ Norma constitucional
a) Os honorários advocatícios possuem natureza alimentar e estão diretamente ligados ao exercício da função essencial à Justiça, justificando tratamento jurídico diferenciado.
b) A nova redação do CPC não elimina a obrigação de pagamento, mas apenas transfere ao final do processo, desde que o réu tenha dado causa à ação — ou seja, trata-se mais de uma reorganização procedimental do que de uma isenção absoluta.
🌟 destaque do dia
🎭 Tirullipa é condenado por situação na Farofa da Gkay

Imagem: Pipoca Moderna
O humorista Tirullipa foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais à influenciadora Vitória Guedez, após puxar a parte de cima do biquíni dela durante a Farofa da Gkay, em 2022. A Justiça entendeu que, ainda que ele não tenha divulgado o vídeo, foi sua “brincadeira” que iniciou toda a situação vexatória.
A juíza Mônica de Cassia, da 1ª Vara Cível do Butantã/SP, considerou a conduta imprudente e causadora de prejuízos emocionais e profissionais — incluindo a perda de contratos. Já o argumento de que tudo não passou de uma “piada sem maldade” não colou no processo. 👩⚖️
E o Facebook? Saiu ileso. A Justiça julgou improcedente o pedido contra a empresa, já que Vitória não apresentou as URLs específicas das postagens, exigência do famigerado art. 19 do Marco Civil da Internet. Ou seja, sem link, sem chance. 🔗
🕹️ QUIZ DA LETTER: Hora de colocar seu conhecimento à prova!
Em menos de 2 minutos, você revisa os principais temas do dia, fixa o que importa e ainda se diverte com perguntas que realmente fazem pensar. Bora testar sua memória? 🧐
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Express da segunda☕
#1 ⚖️ Moraes diz “não” a Bolsonaro em ação sobre trama golpista
Alexandre de Moraes negou o pedido de Bolsonaro pra suspender o inquérito da suposta tentativa de golpe. A decisão reforça que não há ilegalidade na apuração e que o processo segue normalmente no Supremo.
#2 🚢 Barco de Greta vira caso diplomático marítimo
Israel avisou que não vai deixar o barco humanitário liderado por Greta Thunberg chegar à Faixa de Gaza. A justificativa? Segurança nacional. A missão ambiental virou questão de direito internacional — e pode render debates jurídicos sobre bloqueios marítimos e ajuda humanitária.
#3 🛡️ Reino Unido já ensaia a guerra — e o Brasil tá no script
O Reino Unido está se preparando juridicamente (e militarmente) para um possível conflito nos próximos 10 anos. No plano estratégico, até o Brasil foi citado como player relevante. O direito internacional público vai esquentar — e não é só nas bancas de concurso!
💪🐀 Código do dia: coloca o nitro
Te vejo na próxima, hein?
Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta, às 6h. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico.
A verdade é que, quanto mais você abre a Lawletter, mais atualizado você fica - este, sem dúvida, é um baita diferencial!