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🧷 advogado quebra sigilo para investigação...
moraes bota na mesa para interrogar advogado do ex-presidente
27/06/2025
sexta-feira
bom dia. que hoje o inesperado vire rotina. sabe aquela ideia que você deixou guardada? talvez seja hora de tirar da gaveta e dar uma chance. o melhor dia é o que surpreende, te impulsiona e ilumina. o jogo só começou, então, siga em frente.

🎙️ NOVO EPISÓDIO DO PODCAST NO AR! Sem tempo pra acompanhar todas as notícias? Relaxa. A gente preparou um resumão da semana pra você ouvir quando e onde quiser. Dá o play abaixo! 💙🎧
NA PAUTA DE HOJE…
📱 Celular esquecido faz uma prova aceita
💣 Pablo Marçal em Israel
🏛️ Lei do DF sobre portarias virtuais é questionada no STF
💗 Maternidade além do sangue
🚫 Racismo não é brincadeira no trabalho
⚖️ Advogado na mira do STF
direito constitucional
🚪Fechou a porta, abriu o processo

imagem: Freep!k
A Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) não curtiu a nova lei do Distrito Federal que veta o uso exclusivo de portarias virtuais em condomínios. A entidade correu ao STF com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7727), alegando que a lei fere a livre iniciativa e invade competência da União. 🏦
Para a Fenavist, a norma do DF (Lei Distrital nº 7.132/2022) joga contra o setor de tecnologia e segurança privada. A justificativa? O artigo 22, I, da Constituição diz que legislar sobre direito do trabalho é tarefa da União — e não de estados ou municípios.
Já o relator, ministro Nunes Marques, pediu informações ao governador e à Câmara Legislativa. Enquanto isso, o Brasil segue entre o analógico e o digital, discutindo se segurança precisa mesmo de crachá presencial ou se pode virar código de acesso.
🧠 portaria é só a ponta…
Por trás do “interfone proibido” está uma questão quente pra quem estuda Direito Constitucional: quem pode legislar sobre o quê? Essa é daquelas discussões que sempre caem em provas e concursos. O artigo 22, I, da CF/88 é claro, só a União pode legislar sobre Direito do Trabalho.
Quando o DF cria uma regra que impacta relações trabalhistas (como impedir a terceirização por meio da portaria remota), pode estar cruzando essa linha. Pra quem advoga ou estuda, vale ficar de olho: o STF adora transformar esses embates em jurisprudência importante sobre competência legislativa e economia digital.
pronunciamento
🕊️ Mentoria em zona de guerra? Pablo Marçal leva 220 pessoas a Israel e desafia alerta do Itamaraty

imagem: redes sociais
Pablo Marçal reuniu 220 brasileiros para uma “mentoria espiritual” no Oriente Médio — em pleno fogo cruzado entre Irã e Israel. A turma passou por Egito, Jordânia e chegou a Israel logo após um cessar-fogo. Mesmo com alertas do Itamaraty para evitar viagens à região, ele seguiu firme, com fé, jejum e transmissão ao vivo. 🗣️
Do ponto de vista jurídico, a jornada pode até não configurar crime agora, mas liga todos os alertas. Se algo der errado, ele pode responder civilmente por danos morais e materiais. Penalmente, se houver negligência ou omissão, o Código Penal bate à porta com artigos sobre exposição a perigo e até homicídio culposo, em caso extremo.
Ignorar orientação oficial não é crime, mas pesa. E muito. Além de fragilizar pedidos de ajuda consular, reforça a imagem de reincidência imprudente — o que só complica sua situação judicial. Missão espiritual? Pode ser. Mas no Direito, quem lidera, responde. E no caso de Marçal, essa conta já vem acumulando juros.
🧐 Então ele está cometendo crime?
Por enquanto, não há crime consumado, mas Pablo Marçal caminha perigosamente pela borda do Art. 132 do Código Penal — que pune quem expõe a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.
Na prática, pode ser o caso clássico de responsabilidade por imprudência coletiva. Se alguém se machuca, ou pior, morre, o processo não vem só com indignação — vem com penal e cível. E piora com o histórico: Marçal já responde na Justiça por outra expedição arriscada. A Constituição garante a liberdade de locomoção, sim. Mas transformar fé em produto e risco em performance esbarra na obrigação legal de cuidado. No fim, a linha entre missão e omissão é mais tênue do que parece.
direito de família
💗 Amor além da certidão, maternidade socioafetiva reconhecida

imagem: Freep!k
A Justiça de São Paulo reconheceu, em dois casos distintos, a maternidade socioafetiva mesmo após a morte da mãe afetiva. Em ambos, as mulheres criaram os filhos como se fossem seus, sem vínculo biológico, mas com todos os afetos e responsabilidades. E mesmo sem adoção formal, a Justiça viu o essencial: o cuidado diário, a presença e o vínculo inquebrável. 📜
A decisão segue a linha já pacificada pelo STF, que reconhece a filiação socioafetiva como forma legítima de parentesco (RE 898.060). A afetividade, nesses casos, se sobrepõe ao sangue ou ao papel timbrado — e sim, isso pode gerar efeitos patrimoniais, inclusive sucessórios, mesmo que a mãe afetiva já tenha falecido.
No fim das contas, o que vale é o que foi vivido, e não apenas o que foi registrado. Amor, cuidado e compromisso também são formas de constituir família — mesmo quando a certidão só vem depois do adeus.
👩⚖️ socioafetividade é o novo DNA
Para quem estuda Direito de Família e Sucessões, vale o lembrete: a socioafetividade é reconhecida como origem legítima de filiação, com respaldo constitucional (art. 226, §7º da CF/88) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, art. 20).
Isso impacta não só questões emocionais, mas direitos como herança, pensão e nome. Em tempos de vínculos fluidos, entender isso é mais do que doutrina — é prática e empatia jurídica.
direito processual penal
📱Esqueceu o celular? Largou a defesa
imagem: giphy
O STF decidiu que o celular esquecido na cena do crime pode, sim, ser usado como prova. Segundo os ministros, não houve violação à intimidade, já que o próprio réu abandonou voluntariamente o aparelho ao fugir do local. O caso concreto envolvia tráfico de drogas, e as mensagens no celular ajudaram a comprovar a autoria do crime.
A decisão foi unânime na 2ª Turma: ao deixar o aparelho para trás, o investigado renunciou à proteção da privacidade, especialmente porque não houve invasão nem apreensão forçada. Ou seja, não se trata de acesso ilegal, mas de consequência da própria atitude do réu.
O recado está dado: a proteção do sigilo depende da posse e da expectativa legítima de privacidade. Deixou o celular? Perdeu o controle. E perdeu também a chance de excluir aquela conversa comprometedora.
A magistrada ainda destacou que a autorização foi dada dentro de uma relação de trabalho — em que o empregado é a parte mais fraca e muitas vezes cede sem ter muita opção. E, se a cessão foi gratuita e ligada ao vínculo empregatício, ela só vale enquanto durar o contrato. Saiu da folha, saiu da vitrine. 💳
🔍 prova esquecida é prova válida
Estudantes e concurseiros, atenção: o STF reforçou aqui o conceito de prova lícita por abandono. Isso toca temas de Direito Constitucional (art. 5º, X e XII) e Processo Penal (art. 157 do CPP). A regra é clara, não se pode violar a intimidade. Mas se o réu abandona voluntariamente o objeto, perde a proteção jurídica. A prova vira uma pista legítima — achada e aceita.
direito do trabalho
❌ Racismo não é piada na CLT

imagem: Freep!k
Um trabalhador haitiano conseguiu na Justiça o direito à rescisão indireta após ser constantemente chamado de "Vera Verão" pelos colegas. O apelido, usado de forma pejorativa, expunha o trabalhador a situações vexatórias no ambiente profissional — o que configurou assédio moral com fundo racial e homofóbico.
A juíza entendeu que houve quebra de dever básico do empregador: manter um ambiente de trabalho saudável e respeitoso. Com isso, aplicou o art. 483, “e”, da CLT, que permite a rescisão indireta quando o empregado sofre tratamento incompatível com a dignidade. 👩⚖️
A empresa tentou dizer que era só uma “brincadeira”, mas Justiça do Trabalho não brinca com discriminação. Resultado, o trabalhador saiu com todos os direitos garantidos — como se tivesse sido demitido sem justa causa, mas com a moral em pé.
⚖️ CLT também protege respeito
Fica a dica pra quem estuda Direito do Trabalho: rescisão indireta não é só por atraso de salário. Humilhações, assédio, racismo e homofobia também quebram o contrato. O art. 483, “e”, da CLT protege o empregado contra tratamento indigno ou ofensivo, e isso inclui apelidos “de brincadeira” que ferem a dignidade. E sim, jurisprudência tem reforçado esse entendimento com cada vez mais rigor.
destaque do dia
Uma seguidora mandou bem demais! 👏✨
Você já reparou que a LawLetter vai muito além de ser só uma fonte de notícias jurídicas? Aqui, a gente respira Direito com vocês 💙 — e isso vale pra cada comentário, cada story marcando a gente, cada dúvida ou debate que surge nas redes.
Porque os lawlovers não são só ouvintes, são parte ativa da conversa 📣. E a gente? Tá sempre de olho! 👀
Falando nisso, a @suaadvogadacivil fez um vídeo sobre um tema super sério envolvendo o direito civil e a união paralela.
Dá uma olhada!👇
Agora que você pegou a dica, já sabe o que fazer, né? Curte, comenta e apoia a publicação dessa querida 😘. E fica de olho, porque toda semana tem um novo rostinho por aqui…
Vai que o próximo é o seu ?? 😉
direito penal
🎙️Advogado na mira: PF vai ouvir Wajngarten e defensor

imagem: Freep!k
O ministro Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal interrogar o ex-chefe da Secom (Secretária de Estado da Comunicação Social), Fábio Wajngarten, e o advogado Paulo Costa Bueno, defensor de Jair Bolsonaro. A suspeita? Uma possível tentativa de interferir na delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente e peça-chave no inquérito que apura articulações golpistas.
Mensagens indicam que Wajngarten teria procurado a esposa, a filha e até a mãe de Cid. Moraes viu indícios de obstrução de investigação (art. 2º, §1º, da Lei 12.850/13 — Lei das Organizações Criminosas), e quer a PF apurando se houve tentativa de influenciar depoimentos ou abafar colaborações premiadas. 💼
Enquanto isso, a defesa grita que é “criminalização da advocacia”. Mas o STF parece querer deixar claro: exercer o direito de defesa é uma coisa; tentar apagar pistas de crime, outra bem diferente.
🤫 sigilo tem limite, doutor
Quem estuda Processo Penal, atenção… nem mesmo o sigilo profissional da advocacia é absoluto. Quando há suspeita de que o advogado esteja participando de atos criminosos — como tentativa de influenciar testemunha ou delator —, a proteção pode ruir.
O STF já tem precedentes nessa linha. Fica o alerta! a ética da profissão também entra nos autos.
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Express da sexta☕
#1 📈 Inflação controlada, mas ainda viva
O IPCA-15 registrou alta de 0,26% em junho, abaixo do esperado. O grupo de alimentação puxou o índice para cima, enquanto combustíveis ajudaram a conter a inflação. O resultado acende alerta moderado para o Banco Central, mas ainda reforça cenário de estabilidade nos preços ao consumidor.
#2 ⚖️ Justiça gratuita, mas com limites
O STJ decidiu que a concessão da justiça gratuita não exime o beneficiário de apresentar caução em tutela provisória de urgência. A Corte reforçou que a garantia pode ser exigida quando houver risco de prejuízo à parte adversa — mesmo nos casos de hipossuficiência econômica.
#3 🔫 Adolescente suspeito por triplo homicídio no RJ
Um adolescente de 14 anos foi apreendido como suspeito do assassinato dos pais e do irmão de 3 anos, em Itaperuna (RJ). Os corpos foram escondidos numa cisterna e a arma usada no crime pertencia ao pai. Ele responde por ato infracional e pode receber medida socioeducativa, conforme o ECA.
💪🐀 Código do dia: treino duro, mérito certo
Te vejo na próxima, hein?
Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta, às 6h. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico.
A verdade é que, quanto mais você abre a Lawletter, mais atualizado você fica - este, sem dúvida, é um baita diferencial!