🥺 a saudade virou processo

Gusttavo Lima condenado; multa por não querer vacinar os filhos; demissão polêmica e muito mais...

20/03/2025

quinta-feira

bom dia! sigam firmes, lawletters. até as súmulas vinculantes começaram como uma simples tese de alguém que acreditou! ~ fim de semana tá quase aí 💪☕

Importante! Já conferiu as notícias da semana passada? Nosso podcast facilita sua vida com um resumo do que rolou no mundo jurídico! Clique no link abaixo para ouvir 🎧💙 

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NA PAUTA DE HOJE…

  • 🎶 Gusttavo Lima é “bloqueado” pela Justiça

  • 🗣️ “Exposed” jurídico na área

  • 👨‍👩‍👧 STJ aplica imunizador contra desobediência parental

  • 📜 “Disse me disse” não segura condenação!

  • 💸 Itaú perde no TRT-5: discriminação custou caro

direito civil

“Me bateu uma saudade”… do sossego! Número citado em música rende condenação de R$ 70 mil a Gusttavo Lima 📞

Quando Gusttavo Lima lançou Bloqueado, não esperava que o bloqueio fosse no bolso! 🎤 O cantor foi condenado pelo TJ/PE a pagar R$ 70 mil de indenização por danos morais a um homem que teve seu número de celular citado na canção. O dono da linha recebeu uma avalanche de ligações e mensagens, prejudicando sua rotina e privacidade. 📲💥

A defesa do sertanejo tentou argumentar que ele apenas interpretou a música e que a falta do DDD e do dígito 9 dificultaria a identificação do número. 📵 Mas o tribunal não comprou a ideia. O relator rejeitou a tese de ilegitimidade passiva e destacou que, como intérprete e divulgador, Gusttavo Lima foi responsável pela ampla exposição do telefone – e, consequentemente, pelo transtorno causado ao dono do número.

Além disso, a denunciação dos compositores foi rejeitada, pois não se enquadrava no art. 125 do CPC. 😬 O colegiado concluiu que houve violação aos direitos da personalidade, especialmente ao sossego e à privacidade. Com isso, a indenização foi mantida, reforçando que transformar números aleatórios em hit pode resultar em uma conta jurídica alta. 💸 

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Eita que o cantor deve estar com “muita raiva misturada com tristeza”. 🤣

Ilegitimidade passiva? Vem que te explico, pequeno gafanhoto 🦗

Imagine que você recebe uma cobrança de uma dívida que não é sua. 😳 Você não pode simplesmente ignorar, certo? No mundo jurídico, isso se chama ilegitimidade passiva: você foi processado sem ser o verdadeiro responsável.

O art. 339 do CPC estabelece que, se o réu alegar essa ilegitimidade, precisa indicar quem realmente deve responder à ação. Se não fizer isso, pode acabar pagando as custas do processo e até indenizando o autor por prejuízos.

O mais interessante é que esse argumento pode ser usado a qualquer momento no processo, isso porque é matéria de ordem pública 😎 (aquelas de relevante interesse público, sabe?).

Ou seja, se te colocarem no banco dos réus por engano, a lei te dá as armas para sair sem pagar o pato! 🦆

direito digital

STJ desmascara ghostwriter da difamação: anonimato ficou offline 💻

💻 A 3ª Turma do STJ decidiu que a Telefônica Brasil deve fornecer os dados cadastrais de um usuário apenas com a indicação do IP, sem necessidade de identificar a porta lógica.

📩 O embate começou quando a Companhia Brasileira de Offshore (CBO) quis descobrir quem enviou um e-mail anônimo e difamatório sobre diferenças salariais. A Telefônica alegou que só o provedor de aplicação (Microsoft) teria essa informação, mas o STJ determinou o compartilhamento dos dados. 📝

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A relatora, ministra Nancy Andrighi, frisou que o provedor de conexão já tem a obrigação de armazenar e fornecer esses dados. 💾 Ou seja, nada de jogo de empurra-empurra entre empresas de tecnologia. O tribunal reforçou que o Marco Civil da Internet impõe essa responsabilidade e que o armazenamento deve seguir o prazo prescricional do Código Civil.

A decisão reafirma que o sigilo de dados pode ser superado quando há indícios de ilícitos, como no caso de danos à honra. Na briga entre privacidade e responsabilidade, o direito à informação também tem seu peso. 🏋‍♀

🗣️ Liberdade de Expressão X Proteção de Dados

Você pode falar o que quiser na internet? Sim! Mas pode fazer isso anonimamente para atacar alguém? Nããão! 🤨

A Constituição Federal garante a liberdade de expressão, mas veda o anonimato (art. 5°, IV). Já a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD, Lei nº 13.709/2018), garante que suas informações pessoais não sejam divulgadas sem justificativa.

E onde está o limite? 🧐 Quando há indícios de crime ou ilícito civil (como difamação ou discurso de ódio), a Justiça pode autorizar a quebra de sigilo de dados para identificar o autor, como ocorreu no caso da notícia.

🚨 Ou seja: falou, assume. Se difamar, seu CPF pode entrar na conversa!

direito da criança e do adolescente

Vacina no braço, multa no bolso! STJ aplica “dose dupla” de justiça ⚖️💉

🚸 O STJ bateu o martelo e manteve a multa aplicada a um casal que se recusou a vacinar a filha contra a Covid-19, mesmo após alertas das autoridades sanitárias. Para a ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, a imunização infantil é obrigatória pelo ECA, e a negativa dos pais configura negligência parental.

O caso teve início no Paraná, quando o Ministério Público ajuizou ação apontando o descumprimento das obrigações parentais. A recusa persistiu mesmo após tentativas de conscientização da escola e do Conselho Tutelar. Na 1ª instância, a Justiça aplicou multa de três salários-mínimos, com base no art. 249 do ECA, decisão confirmada pelo TJ/PR.

👨‍👩‍👧 Os pais recorreram ao STJ, alegando que a vacina não constava no Plano Nacional de Imunização e que não poderiam ser punidos.

A ministra Daniela Teixeira reforçou que a Constituição trata a proteção infantil como prioridade absoluta, destacando que recusar imunização essencial não é direito, mas omissão perigosa. ⚠️ Assim, o STJ manteve a penalidade aplicada pelo TJ/PR, reforçando que decisões parentais não podem comprometer a saúde pública.

🤔 Então o Estado pode interferir na família?

Sim, mas com limites!

A Constituição Federal (art. 227) diz que a família, a sociedade e o Estado devem garantir, com prioridade, os direitos das crianças e adolescentes. Já o Código Civil (art. 1.513) protege a vida familiar, permitindo a intervenção apenas quando necessário para garantir esses direitos.

💉 Quando falamos de vacinação, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é claro: vacinar as crianças é obrigatório quando as autoridades de saúde recomendam. Se os pais recusam sem motivo, o Estado pode agir, aplicando medidas protetivas (ECA, art. 98) e, em casos graves, até retirando o poder familiar (CC, art. 1.638).

⚖️ Essa intervenção segue dois princípios importantes: proteção integral (o bem-estar da criança vem primeiro) e mínima intervenção (o Estado só age quando necessário). Afinal, proteger a criança sempre será a prioridade! 🚸💙

direito penal

🚫🗣️ Condenação baseada em fofoca? STJ diz “sem chance” e anula decisão do Júri

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O STJ anulou uma condenação de 12 anos imposta pelo Tribunal do Júri, pois a única prova contra o réu era um testemunho de "ouvir dizer". A decisão do ministro Antonio Saldanha Palheiro reforça que, mesmo no Júri, em que os jurados têm ampla liberdade para decidir, a condenação não pode ser baseada apenas em boatos do bairro.

A defesa argumentou que o reconhecimento do réu foi feito por foto, sem seguir o art. 226 do CPP, e que a única testemunha direta era a namorada da vítima, que apenas ouviu comentários sobre o suposto mandante. 📢 O STJ concordou, destacando que nem a pronúncia pode se basear só nisso, quanto mais uma condenação.

🎭 Sem testemunha presencial ou qualquer elemento concreto de autoria, o ministro concluiu que manter a condenação seria atropelar garantias fundamentais. 🔄 No final, o processo voltou à estaca zero, deixando claro que, no tribunal, "disse me disse" não vira prova e não segura condenação.

🤷‍♂️ E como fica a soberania dos veredictos?

O Princípio da Soberania dos Veredictos, garantido pelo art. 5°, XXXVIII, “c”, da Constituição Federal, significa que a decisão dos jurados não pode ser substituída por um juiz ou tribunal e são, em regra, definitivas. No entanto, isso não é absoluto e há limites legais.

Por exemplo, se ocorrer nulidade depois da decisão de pronúncia, o tribunal pode anular a decisão (art. 593, III, "a", CPP). Outro limite ocorre quando a decisão é manifestamente contrária às provas, permitindo um novo julgamento (art. 593, III, “d”, CPP). 📄

⚖️ Assim, a soberania garante a palavra final dos jurados, mas dentro dos limites da legalidade e do devido processo.

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direito trabalhista

🏦 TRT-5 condena Itaú por demissão discriminatória: quando o “saiu sem motivo” não cola

O Itaú Unibanco foi condenado pelo TRT-5 por dispensar uma bancária com lúpus sem justificativa legítima. Com base na Súmula 443 do TST, a Justiça reconheceu a presunção de discriminação e determinou a reintegração da trabalhadora, o restabelecimento do plano de saúde e o pagamento de R$ 50 mil por danos morais, além de salários atrasados e reflexos financeiros. 💸 

A relatora, desembargadora Viviane Maria Leite de Faria, ressaltou que o banco tinha ciência da doença desde 2020 e não apresentou motivo plausível para o desligamento. 📢 Uma testemunha confirmou ter ouvido nos corredores que a demissão ocorreu por causa da enfermidade. Sem conseguir comprovar que a dispensa ocorreu por razões legítimas, o banco não conseguiu afastar a presunção de discriminação.

O Itaú, além da indenização, terá que pagar lucros cessantes e considerar reajustes normativos e horas extras na recomposição salarial da bancária. A Justiça do Trabalho, mais uma vez, aplicou a regra do jogo com base na proteção da dignidade do trabalhador.

✍️ Destrinchando a Súmula 443 do TST, atenção trabalhisters!

A Súmula 443 do TST estabelece que a dispensa de empregados portadores de doenças graves é presumidamente discriminatória. ⚠️ Entretanto, pay attention: a doença DEVE ser capaz de causar estigma ou preconceito!

A presunção se baseia no princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF) e na proteção contra discriminação no ambiente de trabalho (art. 7°, XXXI, da CF e art. 4º da Lei 9.029/95).

Isso significa que, ao demitir um trabalhador com uma doença como HIV, câncer ou lúpus, por exemplo, é necessário que a empresa demonstre motivo plausível! Caso contrário, o empregado pode ser reintegrado e indenizado.

Essa súmula protege a igualdade no trabalho e afasta demissões arbitrárias. ⚖️📜

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Express da quinta👇🏻

#1 🚨 Influenciadora condenada por intolerância religiosa

A Justiça de SP condenou uma influenciadora a pagar danos morais coletivos por associar as enchentes no RS às religiões de matriz africana. A sentença confirmou a retirada das postagens e destacou que a liberdade de expressão não protege discursos de ódio que incitam intolerância religiosa.

#2 ⛓️‍💥 Mulher denuncia agressão e acaba presa por engano

Em Petrópolis/RJ, uma mulher foi presa ao tentar denunciar o marido. Com nome semelhante ao de uma foragida de MG, ela passou três dias detida até a Justiça reconhecer o erro. Após a soltura, a polícia segue investigando o caso e as medidas protetivas foram solicitadas.

#3 ⚖️ STJ absolve servidores em caso de licitação de trator

O STJ afastou condenações por improbidade na compra de um trator de R$ 12 mil. O colegiado entendeu que não houve dano ao erário, nem dolo na dispensa de formalidades. Assim, a ação civil pública foi julgada improcedente, absolvendo todos os envolvidos na aquisição.

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