a justiça chegou no feriado

veja também: falamos de contrato vitalício e a Larissa Manoela saiu do chat...

18/04/2025

sexta-feira

bom dia, lawlovers. nesse feriado, não subestime o poder de um banho quente, lençóis limpos, uma consciência em paz, um momento de lazer e uma boa noite de sono. cuida desse corpinho aí, porque você só tem um, tá?! rs… e boa Páscoa! 🐰

NOVO EPISÓDIO DO NOSSO PODCAST NO AR! Não teve tempo de ler todas as notícias? Sem problemas. Nosso podcast traz um resumão do que rolou na semana pra você escutar onde e quando quiser. Clique abaixo e ouça agora mesmo! 🎧💙

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NA PAUTA DE HOJE…

  • ⚖️ "Defesa da honra" ainda pode?

  • 🎤 Larissa Manoela vira caso jurídico

  • 🚫 Feriado só com OK do sindicato

  • 🎩 LER não é acidente, diz TRT

  • 🎯 CRA/RS perde pra empresa

direito penal

⚖️ Advogado invocando "defesa da honra"? Agora é honra com infração!

Se você pensou em usar a velha e polêmica tese da legítima defesa da honra num caso criminal, melhor pensar duas vezes (e consultar o Tribunal de Ética e Disciplina também 😅). A OAB/SP decidiu que o uso desse argumento pode render infração disciplinar, com base no julgamento da ADPF 779 pelo STF, que sepultou a tese por ser discriminatória e inconstitucional. 💀

um refresh às vezes faz bem galera

E tem mais: o Provimento 228/2024 agora exige que todos os julgamentos ético-disciplinares na OAB considerem a perspectiva de gênero – de ofício ou por provocação. Isso inclui analisar desigualdades estruturais de raça, classe, idade, etnia, diversidade e outras assimetrias que impactam o exercício da advocacia.

Ou seja, o tempo do “matou por amor” ficou lá no fundo do baú jurídico. Agora, além de boas teses, espera-se também boas práticas éticas e compromisso com a igualdade. E convenhamos: argumento bom é aquele que não rende processo no Tribunal de Ética e Disciplina, né? 😬

🔍 A "legítima defesa da honra" e seus desdobramentos

Essa tese já foi usada e aceita em tribunais brasileiros para absolver homens que mataram suas companheiras — e isso durante décadas! O caso mais emblemático foi o do Doca Street, que assassinou a socialite Ângela Diniz em 1976.

No primeiro julgamento, ele foi condenado a uma pena bem branda, justamente por alegar que agiu em "defesa da sua honra", após um suposto "comportamento provocativo" da vítima.

A sociedade se revoltou, houve intensa mobilização feminista, e no segundo julgamento, a pena foi significativamente aumentada. Esse caso virou símbolo da luta contra a impunidade nos crimes de feminicídio e escancarou como o argumento era usado para justificar violência machista com verniz jurídico.

direito civil

🎤 A criança cresceu: Larissa Manoela rescinde contrato com gravadora e vira caso de estudo jurídico

Imagem: Reprodução/Instagram

A justiça deu um match perfeito para Larissa Manoela! 🎉 A atriz conseguiu anular um contrato vitalício assinado com uma gravadora quando era criança (e seus pais eram os managers de plantão). O juiz entendeu que, mesmo válido na época, ela pode rescindir o contrato agora – afinal, ninguém merece ficar casada com uma gravadora, né? 😅 

A empresa até tentou segurar o rojão, mas acabou obrigada a devolver logins, senhas e parar de usar o material dela (sob multa pesada 💸). O pedido de indenização por danos morais, porém, “ficou no vácuo”.

O juiz considerou que a Deck Produções Artísticas Ltda. não agiu de má-fé – foi só um "queremos coisas diferentes" jurídico. Mas o caso virou trend no Legislativo: projetos querem criminalizar exploração financeira de crianças (inclusive por pais “fominhas” 👀).

👶 Contrato de criança = furada jurídica? Entenda os riscos! 

Um contrato assinado por pais para crianças pode virar uma armadilha no futuro. Imagine ficar preso a um acordo vitalício que você nem assinou (e que te paga uma “mixaria”)?

Pior: quando a criança cresce, pode descobrir que:

🔒 Patrimônio travado (a Larissa, que só acessava 2% do próprio dinheiro);

🚫 Carreira engessada (sem poder negociar melhores condições depois de famoso);

💸 Exploração familiar (pais usando a grana do filho como se fosse deles).

O ECA e o Código Civil protegem os interesses das crianças, mas muitos contratos abusivos passam pelo "visto" dos pais – que nem sempre agem no melhor interesse do pequeno. Agora, resta esperar para vermos se os novos projetos de lei vão, de fato, fazer alguma diferença sobre o tema.

direito do trabalho

🚫 Feriado não é bagunça: agora só com aval do sindicato

A partir de 1º de julho de 2025, aquela história de "abrir o comércio no feriado porque o patrão mandou" vai virar lenda urbana ⚖️. Com a Portaria nº 3.665/23, o Ministério do Trabalho deu tchau à antiga regra que permitia acordos individuais, exigindo agora que o expediente em domingos e feriados só role com convenção coletiva bonitinha com o sindicato. Ou seja, sem sindicato, sem feriado trabalhado — e nada de jeitinho 😅.

A ideia é simples: proteger o trabalhador e garantir a segurança jurídica. E, para quem ainda está na Portaria nº 671/21, atenção! Ela foi revogada porque contrariava a Lei nº 10.101/00 (com upgrade da 11.603/07), que exige negociação coletiva para abrir as portas em feriados. Não é mais só apertar a mão do funcionário e "combinar" — agora tem que chamar o sindicato pra conversa 📞.

Então, caros empregadores e RHs, é hora de sair na frente e bater um papo com o sindicato da categoria. Afinal, ninguém quer ser surpreendido com um processo trabalhista em plena segunda-feira pós-feriado, né? 😬

quem não fica feliz com um “eu te avisei”? rs

📚 Pega papel e caneta, porque vale anotar!

A Portaria nº 671/2021, do Ministério do Trabalho e Previdência, foi publicada em 8 de novembro de 2021 e trouxe um compilado extenso de normas trabalhistas, consolidando e regulamentando diversos temas. Bora entender.

📌 Objetivo principal da Portaria nº 671/21:

A ideia era unificar, simplificar e atualizar a legislação trabalhista infralegal (como instruções normativas e portarias anteriores) de forma mais moderna e clara. A portaria revogou mais de 40 atos normativos antigos, substituindo uma série de normas fragmentadas por um texto mais coeso.

🧾 Principais temas abordados:

a) Registro eletrônico de ponto: estabeleceu regras detalhadas para sistemas de ponto eletrônico, incluindo: REP-C (Registrador Eletrônico de Ponto Convencional) REP-A (Alternativo) REP-P (Por Programa);

b) Carteira de Trabalho Digital: regulamentou o uso da carteira digital como substituição da física, que já vinha sendo adotada desde 2019;

c) Documentos eletrônicos: incentivou a digitalização dos processos trabalhistas administrativos, como contratos, recibos e comprovantes.

direito previdenciário

🎩 Seguro de vida vs. LER: TRT-14 decide que doença ocupacional não vira “acidente” por mágica

Imagem: Freep!k

Pois é, queridos advogados, o TRT-14 (AC/RO) enterrou a tese de que doenças como LER (lesão por esforço repetitivo) e DORT (distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) viram acidente de trabalho só porque deixam o trabalhador incapaz.

O Pleno resolveu o pepino entre duas turmas: uma dizia que contrato de seguro deve ser cumprido literalmente (nada de analogias! 📜), enquanto a outra queria estender a cobertura por justiça social ❤️.

No final, prevaleceu o entendimento de que seguro de vida em grupo só cobre o que está escritinho na apólice – e doença ocupacional, por mais cruel que seja, não é acidente (a menos que o contrato diga o contrário) 🤷‍♂️. O relator foi taxativo: sem cláusula expressa, não tem chororô!

🏥 Quando trabalhar demais vira caso de saúde 

Ah, as famosas LER e DORT – os inimigos invisíveis de quem passa horas digitando, empacotando ou até cortando cabelo! Essas condições são como protestos do corpo contra movimentos repetitivos, má postura ou excesso de trabalho.

LER: a "celebridade" do grupo, causada por repetição ad nauseam do mesmo movimento (digitar, clicar, empacotar...). Sintomas? Dor, formigamento e até perda de força.

DORT: o "primo moderno", que inclui fatores psicossociais (estresse, pressão no trabalho) e pode afetar músculos, tendões e nervos.

direito administrativo

🎯 Empresa 1 x 0 Conselho: CRA/RS não pode exigir documentos de quem não fiscaliza

Imagem: Freep!k

A 3ª Vara Federal de Caxias do Sul/RS deu um basta na tentativa do Conselho Regional de Administração do Rio Grande do Sul (CRA/RS) de fiscalizar uma empresa de eletroeletrônicos como se fosse campo da Administração ⚖️.

A juíza Adriane Battisti reconheceu que não há relação jurídica entre as partes e anulou tanto o processo administrativo quanto a intimação recheada de cobranças. Spoiler: a multa de R$ 4.545,79 também foi pro ralo 💸.

 O contexto dessa história…

Tudo começou quando o CRA apareceu, lá em 2023, pedindo uma penca de documentos sobre cargos de diretor e setor de RH. A empresa respondeu educadamente que não exerce atividades privativas da Administração.

Mas o Conselho insistiu, bateu o pé e mandou uma nova intimação — com ameaça de multa. Só que, como bem pontuou a magistrada, poder de polícia não é licença pra sair exigindo papelada de quem não está na sua alçada 🧐.

A sentença foi clara: o CRA/RS até pode fiscalizar, mas só onde tem competência. Se a empresa não precisa de registro no Conselho, nada de exigir documentos ou aplicar sanções. ⚖️

🧠 QUIZ DA LETTER

Não adianta você ler tudo aqui e não lembrar depois, não é? Por isso, estamos te desafiando a fazer nosso quiz diário, com perguntas sobre as notícias que acabou de ler - ele dura apenas 2 minutos. 📝

Vem fazer! É só clicar no link abaixo 👇🏻

🌟 Uma seguidora mandou bem! 🌟

E aí, pessoal! Vocês já sabem que a Lawletter não é só notícia quente e análise jurídica – é também comunidade! 💙

E hoje temos mais um destaque: uma das nossas seguidoras mandou ver em um vídeo super informativo sobre a magistrada que foi aposentada compulsoriamente pelo CNJ 👀. Não tá lembrando? Pois a @mapasestrategicos vai te ajudar 👇

Agora que você está ligadíssimo na situação, já sabe o que fazer né? Curte e comenta o vídeo da nossa querida seguidora 🥰 e fique ligado, porque toda sexta-feira um rostinho novo aparecerá por aqui…

Quem sabe o próximo não será o seu?? 😉

Express da sexta 👇🏻

#1 🧑‍⚖️ STF cogita “relaxar” para alguns condenados do 8 de janeiro

O Supremo está debatendo a aplicação de penas mais leves para condenados com menor participação nos atos golpistas de 8/1 — tipo “réu secundário, punição proporcional”. A ideia é ajustar o rigor sem perder a firmeza institucional.

#2 Gasolina no feriadão? Só com planejamento (e paciência)

Se for pegar estrada no feriado, prepare o bolso: encher o tanque vai sair quase 10% mais caro este ano. A culpa? Alta do etanol anidro e da gasolina nas refinarias. Direito do consumidor que lute — e calcule bem antes de acelerar.

#3 💥 Google leva martelada por monopólio em anúncios

Um tribunal nos EUA decidiu que o Google anda monopolizando o mercado de anúncios digitais de forma ilegal. Segundo a juíza, a big tech usou sua estrutura dominante pra esmagar a concorrência e garantir vantagem injusta.

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💪🐀 Código do dia: só vai

Te vejo na próxima, hein?

Chegamos à sua caixa de entrada de segunda a sexta, às 6h. Sempre com o objetivo de trazer leveza para os assuntos complexos que permeiam o universo jurídico.

A verdade é que, quanto mais você abre a Lawletter, mais atualizado você fica - este, sem dúvida, é um baita diferencial!