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🎨 se fosse arte, teria usado aquarela

prova digital sem rastro é nula; vereador condenado; custas antecipadas e muito mais...

27/03/2025

quinta-feira

bom dia! estamos na reta final de março e, se houver um tempo, comece a reorganizar suas prateleiras da vida e colocar as pessoas nos lugares que elas merecem. Eu não preciso estar 24h com vc para saber que tem gente no lugar errado! Pesei o clima? xiiiii😥

Importante! Já conferiu as notícias da semana passada? Nosso podcast facilita sua vida com um resumo do que rolou no mundo jurídico! Clique no link abaixo para ouvir 🎧💙 

Estamos entre os 31 top news podcasts do spotify - escute agora!

NA PAUTA DE HOJE…

  • 🧊 STJ anula prints sem cadeia de custódia

  • 🏛️ TJTO derruba um trecho da lei estadual

  • ⚖️ Vereador condenado por expor adolescente autista

  • 👀 Juiz dispensa custas e garante penhora a advogado

  • 💙 Novidade da Lawletter

  • 🚨 Fux revisa pena por pichação "perdeu, mané"

direito penal

STJ “congela” prints de WhatsApp: sem cadeia de custódia, prova digital é nula 🧊 

A 6ª Turma do STJ decidiu que prints de conversas digitais sem cadeia de custódia não valem como prova – uma decisão que pode mudar o rumo de processos criminais no país. A ideia? Criar um precedente sólido para evitar condenações baseadas em provas manipuláveis. ⚖️

O caso analisado envolvia um policial civil condenado a oito anos de prisão por corrupção passiva. Mas, diante da fragilidade das provas digitais apresentadas, o tribunal concedeu Habeas Corpus e mandou apagar os prints do processo. Agora, a Justiça terá que reavaliar o caso sem esse material. 🧨

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A decisão do STJ reforça que, no mundo digital, a autenticidade e a integridade das provas são tão importantes quanto o conteúdo em si. Sem uma cadeia de custódia bem documentada – que registre desde a captura até a apresentação em juízo –, prints e mensagens eletrônicas podem ser questionados e, como neste caso, declarados inadmissíveis. O tribunal deixou claro: tecnologia exige protocolos rígidos, ou a prova vira pó.

Como isso afeta os advogados e como se preparar? 🚀 

A decisão do STJ não só virou o jogo em casos criminais, mas também mexeu com o dia a dia dos advogados… E agora, como lidar? Vamos de dicas práticas:

1. Prints Soltos? Nem pensar… 📸 

Provas digitais sem rastreamento agora são como fake news: todo mundo vê, mas ninguém confia. Solução: antes de “printar”, já pensa em registrar data, hora, origem e quem coletou (e se possível, um laudo pericial pra garantir). 

2. Metadados são seus novos melhores amigos 📂 

Uma prova sem metadados é como um contrato sem assinatura: vale nada. Dica: use ferramentas que preservem informações técnicas (como timestamps e hash de autenticação). 

3. Perito digital = Herói sem capa 🦸‍♂️

Se o caso envolve WhatsApp, e-mails ou redes sociais, chame um perito digital desde o começo! Ele vai ajudar a transformar um print duvidoso em prova sólida (ou a derrubar o tal print duvidoso apresentado pela outra parte).

direito constitucional

TJ/TO dá lição de igualdade: licença-maternidade não pode usar idade para discriminar 👶

Imagem: Freep!k

O TJ/TO derrubou um trecho da lei estadual que reduzia a licença-maternidade de servidoras adotantes conforme a idade da criança. A regra dava 60 dias de prorrogação para bebês de até 1 ano, mas só 15 dias para os maiores – como se o vínculo afetivo tivesse "validade". 😅 

A servidora, que adotou uma criança com mais de um ano, recorreu e ganhou: o tribunal entendeu que discriminação por meio dos prazos é inconstitucional. 👎O relator citou o STF (Tema 782) e lembrou que adoção não é entrega de encomenda – não pode ter "frete diferenciado" por idade.

Princípios como igualdade e proteção integral à criança foram usados para encerrar a distinção. Afinal, amor não se mede em dias, mas a lei tem que garantir tempo suficiente para o novo laço familiar. ⏳

A decisão, por controle incidental (via mandado de segurança), reforça que o Direito Constitucional não aceita "descontos" em direitos fundamentais. E agora, será que outros estados vão revisar suas leis ou preferem esperar um "puxão de orelha judicial"? 🤔

🔍 Você sabia?

Você sabia que, em 2023, o STF estendeu a licença-parental de 120 dias também para pais solteiros adotantes? 🤯 

O julgado (RE 1.256.273) considerou que negar o benefício violava a igualdade de gênero e o melhor interesse da criança. 

Ou seja, o tribunal entendeu que cuidar não é "coisa de mãe" – e sim direito (e dever!) de todo o núcleo familiar.

direito civil

⚖️ Vereador é condenado por expor adolescente com autismo em vídeo político

O juiz Alexandre Della Coletta Scholz, da 5ª Vara Cível de Curitiba/PR, condenou o vereador e influenciador digital João Bettega a pagar R$ 14 mil por danos morais, após divulgar um vídeo de um adolescente com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sem autorização. O conteúdo, editado de forma sensacionalista, causou forte repercussão e resultou em ataques ao jovem e à sua mãe. 🚨

Mas o que de fato aconteceu? 🤔

Em maio de 2023, Bettega abordou o adolescente nas proximidades da Praça Osório, em Curitiba, identificando-se como jornalista. Durante a entrevista, fez perguntas de cunho político e, posteriormente, divulgou um vídeo com o título "Comunista defende revolução no Brasil", manipulando as respostas do jovem.

O vídeo ganhou centenas de milhares de visualizações, gerando ataques e comentários ofensivos ao adolescente nas redes sociais. 🗣️ A mãe afirmou que nunca autorizou a gravação ou a publicação do vídeo, o que seria essencial, já que o filho é menor de idade e tem TEA. Além disso, alegou que a edição do vídeo distorceu as falas do jovem, causando uma exposição vexatória (close erradíssimo…).

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O magistrado considerou que, apesar do jovem ter dado verbalmente autorização, sua condição de menor e o diagnóstico de autismo invalidam o consentimento. O entrevistador deveria ter se certificado da capacidade civil do entrevistado antes de publicar o vídeo para milhares de seguidores", destacou.

direito processual civil

Juiz dispensa custas antecipadas a advogado e garante penhora 👀

Em decisão paradigmática, um magistrado do TJ/SP concedeu duplo benefício processual a um causídico em busca da execução de seus honorários advocatícios: dispensou o adiantamento dos emolumentos processuais e assegurou a averbação do feito nos registros imobiliários para futura constrição patrimonial. ⚖️

A decisão, proferida pelo magistrado Miguel Ferrari Junior, titular da 43ª Vara Cível da capital paulista, se baseou no art. 828 do Código Processual Civil e na recentemente promulgada Lei Estadual nº 15.109/25, norma que desonera os profissionais da advocacia do recolhimento antecipado das custas em demandas de cobrança de honorários profissionais. 📜

A medida não apenas acelera a satisfação dos créditos advocatícios (quem não quer?), mas também sinaliza ao mercado jurídico a viabilidade de estratégias processuais eficientes (quem não quer? parte 2), especialmente em cenários de resistência do devedor. 💰

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👊 A controvérsia jurídica persiste...

A nova lei tem sido objeto de questionamentos no próprio Tribunal paulista. Enquanto alguns juízes aplicam integralmente o novo diploma, outros afastam sua validade sob alegação de incompatibilidade constitucional (parece aquela discussão de família sobre quem lava a louça: todo mundo concorda que é importante, mas ninguém quer ser o escolhido... 🤷‍♂️).

Em manifestações recentes, alguns magistrados argumentaram que a norma viola o pacto federativo, ao isentar uma classe profissional específica de tributo estadual sem competência legislativa para tanto. Adicionalmente, sustentam que esse benefício viola o princípio constitucional da isonomia tributária.

Enquanto a turma do "pode ou não pode?" debate, os advogados já estão com a calculadora na mão. 📊

NOVIDADE

A Lawletter tem uma notícia para você! 💙

Pare tudo o que você está fazendo! Acabamos de apurar uma informação inédita e revolucionária… Já tá curioso? Então leia com atenção aqui embaixo 👇

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direito processual penal

🚨 Fux anuncia revisão da dosimetria de pena para mulher que pichou "perdeu, mané"

Imagem: Freep!k

Ontem (26), durante a sessão da 1ª Turma do STF, em que a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro foi aceita, o ministro Luiz Fux afirmou que vai revisar a dosimetria da pena aplicada à mulher condenada por pichar a frase "perdeu, mané" na estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal. O caso, apelidado de "batom", chamou atenção porque a inscrição foi feita com maquiagem (não encontramos informações se o batom era da Boca Rosa ou da Mari Maria…). 💄

Fux ressaltou que a pena deve considerar o contexto de cada réu e que pediu vista do processo para reavaliar se a punição foi excessiva. "A dosimetria é inaugurada pelo legislador, mas a fixação da pena cabe ao magistrado, que deve atuar com sensibilidade e justiça", declarou.

Por outro lado, Alexandre de Moraes, relator do caso, reforçou que a questão não pode ser reduzida a uma simples pichação. "Não se tratou apenas de uma frase. A ré estava nos acampamentos pedindo intervenção militar, invadiu junto com os demais e cometeu dano qualificado", explicou Moraes. ⚖️

E esse não foi o único caso que alguém quis dar um de Picasso, mas não deu muito certo…

🎨 O "Picasso do Pixuleko" (2016): Um manifestante foi preso por pichar "Fora Temer" no Congresso com tinta lavável. A defesa alegou "liberdade de expressão artística". O juiz aceitou, mas o MP recorreu: "Se fosse arte, teria usado aquarela!"

♻️ O "Grafiteiro de Toga" (2019): Um ativista escreveu "STF = Silêncio Total à Farsa" no muro do Tribunal. A pena foi reduzida porque a tinta era "ecologicamente correta" (o juiz brincou: "Pelo menos reciclável, não é?").

✏️ O "Caso Canetão" (2021): Um professor desenhou bigodes em cartazes de políticos com caneta permanente. A discussão era se caracterizava "dano material" ou "crítica humorística". Moraes, na época, declarou: "Se fosse a lápis, era revisável…"

🧠 QUIZ DA LETTER

Não adianta você ler tudo aqui e não lembrar depois, não é? Por isso, estamos te desafiando a fazer nosso quiz diário, com perguntas sobre as notícias que acabou de ler - ele dura apenas 2 minutos. 📝

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Express da quinta 👇🏻

#1 🏗️ STJ na balança: sistema "S" pode virar um "S" de socorro para empresas?

O STJ vai decidir se o sistema "S" (SESI, SENAI e cia.) pode ser modulado – ou seja, se as empresas vão pagar menos contribuições. Se der certo, é um "S" de Susto a menos no orçamento empresarial! Mas e os cursos técnicos? Fica o suspense...

#2 👴 Vovô no batente: aposentadoria virou só um detalhe

Os idosos estão dominando o mercado de trabalho! Com mais experiência que um CEO e paciência de monge, os 60+ estão mostrando que idade é só número (e que o contracheque recheado também é muito bem-vindo, obrigado).

#3 🤖 IA no trabalho: funcionários ainda preferem café a ChatGPT

Poucos profissionais exploram a IA no dia a dia – enquanto robôs choram em modo standby… Dados mostram que, entre reuniões infinitas e planilhas, a inteligência artificial virou a "colega de trabalho" mais subutilizada.

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