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✍️ 1.700 vidas, uma sentença

Entre o que vive e o que depende, a sentença decide. Assim falou a justiça.

19/05/2025

segunda-feira

bom dia. é segunda-feira — e, mais do que o início da semana, é a chance de recomeçar com leveza. organiza os planos, respira fundo e vai no teu tempo. você não precisa dar conta de tudo, só de continuar. 💙

NOVO EPISÓDIO NO AR! 🎙️

Sem tempo pra acompanhar todas as notícias da semana? A gente resolve! Nosso podcast chegou com um resumão direto ao ponto pra você ouvir no carro, na academia ou entre um café e outro. Dá o play e fica por dentro do que realmente importa! 💯

Estamos entre os top news podcasts do spotify - escute agora!

NA PAUTA DE HOJE…

  • 💰 Fraude no consignado: INSS e banco condenados

  • 🏥 Negligência médica: TJ-DF mantém indenização

  • 👮‍♂️ STF julga atuação de delegados

  • ⚖️ Conluio na Justiça do Trabalho

  • 🐶 Maus-tratos: canil condenado por abuso animal

🌟 destaque do dia

Desconto indevido? Justiça reconhece falha e garante indenização 💼

O TRF-6 manteve a condenação do INSS e de um banco por realizarem descontos em um benefício previdenciário com base em um empréstimo consignado fraudulento. ⚖️

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

A beneficiária percebeu os descontos mensais, mas nunca autorizou a contratação. O contrato sequer foi apresentado no processo — o que deixou claro que houve falha grave na fiscalização. Por isso, tanto o INSS quanto o banco foram obrigados a devolver o dinheiro e ainda pagar R$ 8 mil por danos morais .💰

A autarquia recorreu da decisão alegando que não deveria nem estar no processo, já que, segundo ela, “apenas” faz os descontos com base na autorização do segurado, como prevê a Lei 10.820/03.

Entretanto, o desembargador Federal Álvaro Ricardo de Souza Cruz, relator do caso, reconheceu que o INSS tem responsabilidade objetiva pela omissão na hora de verificar se o segurado realmente autorizou o empréstimo. 🕵️‍♂️

Com base no art. 6º da Lei 10.820/03 e no art. 37, § 6º da Constituição Federal, o magistrado destacou que o INSS não pode simplesmente repassar valores — é obrigação da autarquia confirmar se há autorização expressa do beneficiário. 📑

Quando isso não acontece, a falha é da própria administração pública — e, por isso, a indenização é devida. 💼

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🗡️ direito penal

Hospital é condenado por negligência durante internação 🩺🥼

Uma paciente deu entrada no Hospital Regional de Santa Maria com enfisema pulmonar e esclerose múltipla. Dias depois, exames revelaram uma grave lesão abdominal causada por objeto contundente — algo que não fazia parte do quadro clínico inicial. 😟

Imagme: Freepik/Miagalhas

O laudo do IML apontou que o ferimento ocorreu dentro do hospital, durante o período de internação. Diante disso, os filhos da vítima moveram uma ação alegando omissão e descuido da equipe médica. E a Justiça concordou: o TJ-DF manteve a condenação do IGESDF e do Distrito Federal ao pagamento de R$ 150 mil por danos morais, divididos entre os três filhos. 👨‍👩‍👧‍👦

O relator reforçou que houve demora injustificada na análise dos exames e na realização de cirurgia, além de contusões incompatíveis com tentativas de reanimação médica. Assim, restou caracterizada a negligência no atendimento, o que gerou a responsabilização direta do hospital. 🏥⚠️

🧠 Aprofundando: negligência médica e a responsabilização do hospital público

A decisão do TJDFT envolvendo a morte de uma paciente internada em hospital público oferece um ótimo gancho para explicar, de forma clara e técnica, a diferença entre negligência, imprudência e imperíciatermos que geram confusão, mas fazem toda a diferença na hora de identificar o erro médico.

A negligência ocorre quando o profissional deixa de agir como deveria, ignorando protocolos, atrasando atendimento ou não monitorando o paciente como exige a boa prática. 🕑

É diferente da imprudência, que é quando o médico age de forma precipitada ou sem cautelao que não foi o caso aqui.

Já a imperícia diz respeito à falta de conhecimento técnico. Também não se aplica neste caso, porque não houve falha técnica na execução de um procedimento, e sim ausência de conduta diante de um quadro que exigia ação rápida. 🧪

A responsabilidade do hospital foi reconhecida com base no art. 14, §4º do Código de Defesa do Consumidor, que prevê a responsabilidade objetiva em casos de falha na prestação de serviço. ⚖️

🔍 direito processual penal

STF analisa limites da atuação de delegados 👨‍⚖️

Na última sexta-feira (16), o ministro Cristiano Zanin pediu vista e suspendeu o julgamento da ADIn 5.073, que questiona a Lei 12.830/2013, responsável por regulamentar a atuação dos delegados de polícia em investigações criminais. 🕵️‍♂️

GIPHY do melhor detetive de todos.

O relator, ministro Dias Toffoli, votou pela constitucionalidade da maior parte da norma, mas propôs restrições aos §§ 1º e 2º do art. 2º, principalmente no que diz respeito ao alcance dos poderes de investigação dos delegados.

Esse ponto não é novo no STF. Em outro julgamento, a Corte já havia afastado a leitura do § 1º que atribuía exclusividade aos delegados, reafirmando que a investigação criminal pode ser conduzida também por outros órgãos, como o Ministério Público.

Para Toffoli, exigir bacharelado em Direito, evitar transferências aleatórias de inquéritos ou impedir que fiquem abandonados são medidas necessárias para dar mais agilidade às investigações e fortalecer a persecução penal. Nada além disso. O foco da lei, afirmou, é a atividade investigativa, e não a estrutura da carreira.

Mas o ministro fez duas ressalvas importantes: 🔎

Primeiro, que a investigação não é exclusividade dos delegados. O Ministério Público, por exemplo, também tem atribuição para conduzir investigações.

Segundo, a requisição de dados tem limite. Sobre o §2º, propôs uma leitura restritiva: o delegado pode requisitar apenas dados cadastrais simples (nome, endereço, filiação). Já o acesso a dados sensíveis — como extratos telefônicos, geolocalização, navegação na internet ou mensagenssó com ordem judicial. 🔐 

Para embasar esse ponto, Toffoli citou a ADIn 5.642, em que o STF reforçou a importância de proteger a privacidade e o sigilo de informações pessoais, mesmo no contexto de investigações criminais. 📁

O julgamento está temporariamente suspenso após pedido de vista do ministro Cristiano Zanin, e ainda não há data definida para ser retomado. ⏳

💚exclusivo para advogados

Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá acompanhado. 🤝

Na advocacia, essa frase nunca fez tanto sentido.

A Jusparceiro nasceu com esse propósito — caminhar lado a lado com o advogado que quer crescer no digital, mas sem cair em promessas vazias.

Se você já tentou contratar uma agência de marketing, sabe como funciona: cobram entre R$1.500 e R$2.000 por mês, pedem um investimento extra em anúncios… e você torce pra algum cliente aparecer. Mas a verdade é que o jogo jurídico é outro.

Diferente de vender um produto no shopping: aqui tem processo, prazo, incerteza e, às vezes, demora.

É por isso que a Jusparceiro chegou como um meteoro em 2025:

Eles assumem o risco com você. Criam os anúncios, cuidam da estratégia, fazem a gestão… e o valor fixo é simbólico. O verdadeiro lucro deles vem somente quando você fecha contrato.

Ou seja: se você não ganha, eles também não ganham.
Esse é o nível de parceria que faz sentido na advocacia.

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📎 direito do trabalho

Trama revelada: Justiça pega conluio em ação trabalhista. 📄

A 9ª Câmara do TRT da 15ª Região manteve a extinção de uma ação movida por uma ex-empregada contra a Claro S.A., ao constatar conluio entre a trabalhadora, seu advogado e a empresa terceirizada contratada. O colegiado identificou prática de advocacia predatória e litigância de má-fé. ❗

Nos autos, a Claro S.A. apontou que o mesmo advogado atuava simultaneamente para a ex-empregada e para a terceirizada. O sócio da prestadora de serviços teria aliciado ex-funcionários para ajuizarem ações com o objetivo de fraudar a responsabilização da tomadora, retirando-se deliberadamente da demanda para ser declarado revel e provocar, assim, a responsabilização subsidiária da Claro.

O juiz de primeira instância viu indícios de má-fé e extinguiu o processo sem julgamento do mérito, com base no art. 485, IV, do CPC. A decisão foi mantida pela 9ª Câmara do TRT-15.

A relatora, juíza Camila Ceroni Scarabelli, destacou que os documentos confirmaram a intenção de fraudar o Judiciário, e classificou a conduta do advogado como advocacia predatória.

Resultado? Os três — trabalhadora, advogado e terceirizada — foram condenados solidariamente a pagar multa de 2% sobre o valor da causa por litigância de má-fé. 💸 

⚖️📄 Quando o processo vira arma: o que o conluio revela sobre a prática abusiva.

O caso expõe um fenômeno cada vez mais discutido no meio jurídico: a advocacia predatória/fishing expedition — expressão analisada pelo STJ. 🎣

Trata-se, trata-se de ajuizar ações repetitivas, genéricas e sem base sólida, geralmente com o objetivo de obter vantagens rápidas ou gerar condenações artificiais. É quando o processo vira ferramenta de pressão, e não instrumento de Justiça.

A advocacia predatória pode configurar infração ética e disciplinar, conforme o art. 34 do Estatuto da OAB, e provocar processos disciplinares, já que compromete a dignidade da profissão, viola o dever de lealdade processual e fere a boa-fé objetiva.

No caso julgado pelo TRT-15, ficou evidente o conluio: quando o processo era ajuizado, a terceirizada se retirava estrategicamente, deixando a responsabilidade para a tomadora do serviço.

Esse tipo de conduta sobrecarrega o Judiciário, desvirtua o direito de ação e ameaça a credibilidade da advocacia. Quando o processo vira uma engrenagem a serviço de fraudes, todos perdem: empresas, trabalhadores e o próprio sistema de Justiça. 🏛️📉

🐶 direito dos animais

TJ-SP condena canil por maus-tratos a mais de 1.700 cães. 😢

O Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação de um canil por maus-tratos a 1.708 cães, em um dos maiores casos já registrados no país envolvendo criadouros ilegais.

Imagem gerada por IA.

Os animais, em sua maioria da raça Lulu da Pomerânia, foram resgatados em condições extremamente degradantes: ambiente sujo, sem ventilação, sem comida e sem qualquer cuidado veterinário. 😧

O caso, além de chocar pela quantidade de vítimas, reacende o debate sobre a falta de fiscalização nos criadouros, a lógica de exploração animal por lucro e a banalização do sofrimento em nome do mercado. 💔🐾

Segundo o TJ-SP, o sofrimento imposto aos cães não foi pontual, mas constante e sistemático, indicando que o local funcionava apenas com fins comerciais, sem nenhuma preocupação com o bem-estar animal. 🐕

A dona do local foi condenada ao pagamento de R$ 50 mil de indenização, e ainda está proibida de exercer qualquer atividade ligada à criação ou venda de animais. ⚖️

QUIZ DA LETTER!
Agora é hora de colocar à prova o que ficou na memória com um quiz rápido, direto e afiado! 🎯

Em menos de 2 minutos, você revisa os temas mais quentes do dia, fortalece o conteúdo e ainda se diverte com perguntas que fazem pensar. ⚖️💡

Topa? Então clica no link e mostra que aqui, conhecimento vai além da leitura. ✅📲

Express da Segunda 💭

#1 📝 STJ: exigir ação para querela nullitatis é formalismo excessivo
O Superior Tribunal de Justiça entendeu que não se pode exigir do cidadão a propositura de uma nova ação para anular decisão proferida sem sua citação válida. O tribunal classificou a exigência como formalismo processual desnecessário, destacando que o direito de defesa deve prevalecer diante de vícios graves no processo. ⚖️

#2 🖥️ EAD em Direito segue proibido, mas Lula pode regulamentar
O presidente Lula informou ao STF que irá regulamentar o ensino a distância em cursos jurídicosmas, por enquanto, a proibição segue firme. A discussão continua no CNJ, MEC e STF, e o caso gira em torno da autonomia universitária versus a qualidade da formação jurídica. Enquanto isso, o curso de Direito permanece fora do EAD. 🖥️🚫

#3 🏛️ TRF-1 mantém foro privilegiado de ex-prefeito após fim do mandato
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região manteve o foro por prerrogativa de função de um ex-prefeito, mesmo após o término do mandato. A decisão considerou que há relação entre os fatos investigados e o exercício do cargo, o que justifica a manutenção da competência do tribunal. A medida reacende o debate sobre a extensão (e os limites) do foro privilegiado no país. 🔄⚖️

💪🐀 Código do dia: sempre com fé!

A semana só está começando — e a gente já chegou com tudo! 🚀

A Lawletter volta amanhã, às 6h, trazendo o que realmente importa no mundo jurídico: informação clara, análise direta e conteúdo que faz diferença na sua rotina. ⚖️🗞️

Nosso compromisso? Te manter sempre um passo à frente — nos estudos, nas discussões e na prática da profissão.

Boa segunda, boa preparação... e até a próxima edição! 💙📩